Quinta-feira, 28 de março de 2024

Ex-gerente do Banco do Brasil desvia R$ 760 mil de agência

Um ex-gerente do Banco do Brasil de Inhumas será indiciado por peculato e lavagem de dinheiro. A suspeita é de que ele tenha desviado aproximadamente R$ 760 mil, entre 2011 e 2014

Postado em: 06-08-2016 às 06h00
Por: Redação
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Um ex-gerente do Banco do Brasil de Inhumas será indiciado por peculato e lavagem de dinheiro. A suspeita é de que ele tenha desviado aproximadamente R$ 760 mil, entre 2011 e 2014

Um ex-gerente da única agência do Banco do Brasil de Inhumas será indiciado por peculato e lavagem de dinheiro, por ter desviado aproximadamente R$ 760 mil em crime praticado entre 2011 e 2014. A Polícia Civil chegou ao caso após denúncia da instituição financeira, que já havia apurado o caso dentro da empresa e demitido o funcionário. Lauro de Paula Munhoz, 41, trabalhou no banco durante cinco anos e era gerente há pelo menos três anos. 
O delegado responsável pelo caso, Humberto Teófilo, afirma que o suspeito usava a própria senha administrativa para liberar crédito em contas falsas de pessoas jurídicas. Depois, o ex-gerente sacava a quantia “em uma tentativa clara de transformar dinheiro ilícito em regular”. Teófilo explica que, por terem confiança em Lauro, outros funcionários do banco também faziam transferências quando o ex-chefe solicitava. 
Em depoimento, diz o delegado, Lauro confessou que praticou o crime porque passava por problemas financeiros. Ainda segundo o delegado, o suspeito isentou os colegas de trabalho de qualquer responsabilidade ao afirmar que as transferências feitas com as senhas deles foram realizadas sem que soubessem qual era o destino dos valores. “Em uma das transferências ilegais, ele usou a conta bancária da esposa. No depoimento, o suspeito disse que ela não sabia do dinheiro e realmente não há indícios de participação dela”, confirma o delegado.
Prejuízo
Mesmo com as provas e confissão do crime, a prisão preventiva do suspeito não foi autorizada pela Justiça. Segundo o delegado, o juiz informou que, como foi demitido, o suspeito não representa perigo para o andamento do processo. A investigação aponta que até dez pessoas jurídicas foram prejudicadas com os crimes cometidos pelo suspeito. 
O delegado afirma que, caso for condenado, provavelmente será cobrada uma indenização mínima pelo dinheiro desviado, mas o valor será devolvido integralmente apenas se o banco entrar com outro processo na Justiça contra o suspeito. “As empresas prejudicadas devem entrar com ação contra o Banco do Brasil por causa dos transtornos causados pelos empréstimos não autorizados e dinheiro nunca recebido”, afirma Teófilo. 

Pena
Por ser funcionário do Banco do Brasil, o suspeito é equiparado a um servidor público e, por isso, foi indiciado por peculato, que tem pena mínima de dois anos e máxima de 12. No caso, existe o agravante do cargo de confiança exercido pelo ex-gerente. “Se pensarmos que ele pode pegar apenas a pena mínima, dois anos por peculato e três por lavagem de dinheiro, são cinco anos. Caso o juiz usar os agravantes, pode ser que sejam seis anos de prisão, que provavelmente serão convertidos em semi-aberto diretamente. Ou seja, ele pode responder em liberdade e levar anos para pagar o dinheiro desviado”, conclui. (Karla Araujo)
 

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