Marconi defende mais recursos para o Centro-Oeste

Ele esteve presente na 6º reunião ordinária do Conselho de Desenvolvimento do Centro-Oeste

Postado em: 07-12-2016 às 17h20
Por: Toni Nascimento
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Ele esteve presente na 6º reunião ordinária do Conselho de Desenvolvimento do Centro-Oeste

Os governadores de Goiás,
Marconi Perillo, do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, e de Mato Grosso do
Sul, Reinaldo Azambuja, presidente e membros do Consórcio de Governadores do
Brasil Central, respectivamente, participaram nesta quarta-feira, dia 7, na
sede do Banco do Brasil, em Brasília, da 6ª reunião ordinária do Conselho de
Desenvolvimento do Centro-Oeste (Condel).

A presença dos três governadores na reunião que foi comandada
pelo ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, representou mais uma
ação dos governadores da região em defesa dos interesses dos estados membros do
Consórcio. 

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Na última reunião do Consórcio, ocorrida sexta-feira, dia
2,  em Brasília, os governadores decidiram participar da reunião ordinária
do Condel para fortalecer a Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste
(Sudeco) e seus instrumentos de gestão, especialmente o FCO e o FDCO.

Eles trabalham para que haja uma ação conjunta no Congresso
Nacional visando resgatar o orçamento do FDCO e otimizar os recursos do FCO. Um
dos pleitos levantados na última reunião dos governadores é que os estados
pudessem ter no âmbito do FCO os mesmos juros praticados pelos fundos de
desenvolvimento do Nordeste.

Ao falar na reunião desta quarta, o governador Marconi
lembrou que na reunião de sexta-feira os governadores tomaram a decisão de
encaminhar ao presidente Temer e aos ministros da Fazenda e do Desenvolvimento
Nacional alguns ofícios que tratam do FCO e do FDCO. Especificamente sobre a
equiparação dos juros com os fundos de desenvolvimento do Nordeste,
Marconi  entende ser uma decisão justa “até porque creio que a
inadimplência do FCO seja muito menor, o que deveria ser considerado como um
prêmio aos investidores”.

Ele disse que o fundo tem sido um instrumento extremamente
importante para garantir o desenvolvimento do Centro-Oeste e combater as
discrepâncias regionais. “Ele atua principalmente no sentido de possibilitar a
expansão do agronegócio que tem sido fundamental não só para garantir o
superávit exportador mas para garantir o emprego, crescimento do PIB e
agregação de valor às matérias primas. O FCO tem sido importante para o
agronegócio, para a indústria e o comércio”, salientou.

Só este ano, Goiás recebeu R$ 1,2 bilhão do Fundo do
Centro-Oeste. Se for considerado o que já foi enviado para Goiás de FCO para
financiamento de projetos estruturantes, chega-se a casa de R$ 21,2 bilhões.
“Isso foi fundamental para que Goiás multiplicasse o seu PIB nos últimos 15
anos por dez vezes. As exportações foram multiplicadas por 25 vezes. Esse,
portanto, é um instrumento fundamental para o desenvolvimento regional”,
declarou.

Outro dado apresentado pelo governador durante a reunião é
que metade do saldo exportador do Brasil se deve ao Centro-Oeste. “Em 2014
tivemos R$ 5 bilhões de déficit comercial do Brasil. O Centro-Oeste teve saldo
de R$ 25 bilhões. Sem esse superávit, o Brasil teria um déficit de R$ 20 bilhões
naquele ano. Esses são números que revelam o potencial e a força da nossa
região”.

O governador reafirmou confiar que “essa injustiça seja
corrigida e que os investimentos no Centro-Oeste sejam feitos com juros iguais
aos praticados no Nordeste. Não dá pra se ter dois pesos e duas medidas. Esta é
uma reivindicação coletiva”, acrescentou.

Outro assunto abordado por Marconi diz respeito à
recomposição do FDCO que não tem recursos previstos no orçamento de 2017: “Até
agora não existe nenhum centavo deste fundo para o ano que vem. Nós estamos
pedindo R$ 5 bilhões para o fundo e sabemos que contamos com o apoio do
ministro Barbalho para essa recomposição”.

Outro assunto, já tratado com o presidente da República e
vários ministros, diz respeito à possibilidade de utilização de parte dos
recursos dos fundos do Centro-Oeste e do Norte/Nordeste para os estados
financiarem obras públicas. “No momento em que nós não temos dinheiro no BNDES,
não temos dinheiro de outras fontes, é fundamental que discutamos aqui no
Condel a possibilidade de que uma parcela desses fundos possa ser destinada a
financiamento de investimentos por parte dos governos estaduais e prefeituras”,
observou.

Em resposta ao governador Marconi, o ministro Helder Barbalho
disse que as pauta apresentadas estão em consonância com aquilo que ele e seu
ministério entendem ser o melhor. “Queremos somar a estratégia de abordagem ao
presidente da República. Entendo que seja necessária uma ação imediata ao
relator do orçamento, senador Eduardo Braga, já que estamos na apreciação final
da peça orçamentária por parte do Congresso Nacional. E a essa altura qualquer
mudança no texto necessária se faz a correção por parte do relator geral”,
explicou o ministro. 

(Goiás Agora)

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