Roubo de carros faz crescer mercado de rastreamento

Assaltantes usam o chamado ‘capetinha’ que emite sinais de grande intensidade conturbando a frequência usada para monitoramento

Postado em: 04-01-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Assaltantes usam o chamado ‘capetinha’ que emite sinais de grande intensidade conturbando a frequência usada para monitoramento

Caio Marx

A constante preocupação com a violência, roubos e furtos tem impulsionado as vendas dos sistemas de rastreamento de veículos em Goiás. O mercado nasceu com foco de aumentar a segurança no transporte de cargas devido ao envolvimento de grandes valores. 

A eficiência dos dispositivos de rastreamento é demonstrada com os altos índices de recuperação dos veículos. O comerciante da capital Adriano Andrade, de 36 anos, conseguiu recuperar por duas vezes o seu HB20. “Minha primeira atitude foi ir á delegacia avisar a polícia e posteriormente a empresa de monitoramento. A empresa manteve contato com uma viatura da Polícia Militar informando o deslocamento e a localização do veículo. Na primeira ocasião o carro foi encontrado abandonado, no segundo assalto a PM prendeu os dois indivíduos, no momento em que deixavam o veículo para “esfriar” em um matagal próximo a Avenida Castelo Branco”, afirma o comerciante.

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Com o aumento nos furtos e roubos de veículos em Goiânia e região metropolitana, as empresas de rastreamento investem pesado nesse nicho. O gerente operacional de uma empresa no ramo, Carlos Eduardo, afirma que o rastreamento veicular funciona de forma eficaz e simples. “Após nossos técnicos instalarem o rastreador em um veículo, o aparelho opera automaticamente apontando em tempo real, a localização via sinais captados pelo monitoramento de nossa empresa”, enfatiza Carlos.

Mas a polícia alerta para o mercado negro que vem se especializando na retirada dos rastreadores veiculares ou que utilizam o chamado ‘capetinha’ para inibir os sinais captados pelo monitoramento. Os capetinhas são totalmente ilegais, mas, de fácil acesso sendo ofertados em todo o estado, através das redes sociais e aplicativos de vendas pela internet.

Um dos casos mais recentes desse tipo de crime foi registrado ontem (3), quando o proprietário de uma loja de instalação de som automotivo no Setor Parque Amazônia, em Goiânia, foi preso no momento em que retirava um dispositivo de rastreamento de uma Mercedes-Benz C180.

 Ferramenta foi ‘emprestada’ do setor de transporte

Atualmente, quem mais se utiliza do sistema de rastreamento veicular continua sendo o setor de transporte de cargas, pois se tornou uma verdadeira ferramenta de monitoramento de pequenas e grandes frotas. Além de proteger o veículo, os gestores de empresas de logísticas conseguem monitorar em tempo real seus veículos. As seguradoras geralmente não efetivam a proteção ao veículo caso este não conte com um sistema de rastreamento.

Para o gerente de uma empresa do segmento, Carlos Eduardo relata que o valor baixo é outro atrativo ao cliente, pois o custo para compra do equipamento varia entre R$ 600 e R$ 1 mil, com mensalidades que variam de R$ 59 a R$ 99. Segundo o gerente, quando o consumidor solicita o bloqueio, a central de monitoramento envia comando para o aparelho instalado no automóvel por meio de sinal de rádio. Se o veículo estiver em movimento, a ação simulará uma falha mecânica e em aproximadamente 20 segundos, o veículo estará parado.

Recuperados

De acordo com a Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Cargas (DECAR), a ação da policia na recuperação de um veículo furtado ou roubado tem melhores resultados quando realizada em parceria com uma empresa de rastreamento de veículos. 

  

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