Animais são extraviados do zoológico de Goiânia

O crime foi percebido em dezembro do ano passado. Na ocasião, o sumiço de um animal despertou os funcionários da unidade que perceberam a falta dos demais. Policia Civil segue com as investigações, em sigilo

Postado em: 24-01-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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O crime foi percebido em dezembro do ano passado. Na ocasião, o sumiço de um animal despertou os funcionários da unidade que perceberam a falta dos demais. Policia Civil segue com as investigações, em sigilo

Wilton Morais 

Salamandra, cobra do milho, cobra cachorro, jiboias e cobra píton, essas foram algumas das espécies de cobras que desapareceram do zoológico municipal de Goiânia. Segundo relato de funcionários do zoológico, o crime só foi percebido a partir da falta de um dos animais. Ao ser procurado pela reportagem, o supervisor geral exonerado do parque, Rafael Cupertino, disse estar afastado por problemas de saúde. O que impediu que um responsável respondesse pelo caso, no mês de dezembro. Mesmo assim, três boletins de ocorrência foram registrados pela administração do parque na Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema), que investiga o caso, em sigilo.

O primeiro foi registrado, em boletim de ocorrência, no dia 5 de dezembro. Conforme a direção do parque, quatro filhotes e uma fêmea adulta de salamandra foram levados. “Nesse primeiro caso, a segunda porta de entrada para o serpentário estava aberta”, disse Cupertino. Na segunda ocorrência, registrada na terça-feira 13 de dezembro, os cadeados que davam acesso a área restrita do serpentário aviam sido arrombadas. “Só a ausência das cobras foi notada, o que deduz que a pessoa tinha as chaves do serpentário”, afirmou o responsável pelo parque. À ocasião, sumiram uma cobra cachorro, uma cobra do milho e a uma salamandra.

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De acordo com Cupertino, no dia 19 de dezembro, outro boletim foi realizado. Dessa vez, os funcionários perceberam que uma salamandra de cor vermelha havia sido levada. “A chave estava restrita a supervisão de veterinária. Não possuindo as chaves eles arrombaram o portão novamente”, contou. 

Preocupações

A administração do zoológico ainda não tem conhecimento de como os animais foram transportados, o que deixou os funcionários curiosos, por se tratarem de muitos animais. “Se foi alguém do zoológico que sofra as conseqüências judiciais e administrativas”, acredita o supervisor geral exonerado. “Por se tratar de uma área fechada e interna, isso nós preocupa muito. Não sei de que forma, mas a pessoa que entrou ali tinha acesso à chave”, complementou. Também era de conhecimento dos criminosos, que as serpentes não possuíam veneno se tratando de cobras domésticas.  

A supervisora técnica do Zoológico de Goiânia, Rita Figueredo, responsável pelo parque no momento em que Cupertino estava de licença, contou que realizou os boletins de ocorrência de forma imediata. “Acredito que foi falha da segurança, se tivesse mais guarda e câmaras, talvez não tivesse acontecido”, disse. 

Jabuti

Já o sumiço de um jabuti, foi registrado em janeiro do ano passado. “Quando foi feito a contagem vimos que estava com um animal a menos na exposição”. Um boletim de ocorrência foi registrado à época. A suspeita é de que um visitante tenha levado o jabuti. O animal era de tamanho mediano e não caberia em uma bolsa comum. O caso também é investigado pela delegacia de meio ambiente. 

Monitoramento

A administração do parque zoológico solicitou a Agência Municipal de Turismo, Eventos e Lazer (Agetul), responsável pelo parque, o reforço imediato de câmaras de segurança. Até que a segurança seja reforçada, há uma nova restrição ao acesso no serpentário do parque. Além das câmaras, a guarda municipal realiza a segurança do zoológico. “O acesso é específico em cada área do parque. Cada setor tem o seu responsável. Ao serpentário poucas pessoas têm acesso, assim achávamos, já que o manejo é feito pelo veterinário”, afirmou Cupertino.

Atualmente, apenas quatro guardas municipais fazem a segurança do parque. No período noturno o numero é reduzido para três. “Já tivemos época com oito guardas realizando a segurança”, disse. 

 

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