Tiroteio dentro de penitenciária deixou 5 mortos e 35 feridos

Equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e Corpo de Bombeiros foram até a penitenciária para socorrer os feridos

Postado em: 24-02-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e Corpo de Bombeiros foram até a penitenciária para socorrer os feridos

Caio Marx

O traficante Thiago César de Souza, de 32 anos, conhecido como “Topete”, foi morto durante um tiroteio dentro da Penitenciária Odenir Guimarães (POG), em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, na manhã desta quinta-feira (23). De acordo com o Corpo de bombeiros, a confusão deixou cinco detentos mortos e 35 feridos.

Thiago Topete foi baleado e não resistiu aos ferimentos, o traficante cumpria pena por tráfico de drogas e associação ao tráfico. O Corpo de Bombeiros informou que foi acionado por volta das 11h20 para prestar o socorro, mas o detento já havia falecido. Além dos bombeiros, equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também foi até a penitenciária para socorrer os feridos. A corporação levou seis feridos para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) e um para o Hospital de Urgências de Aparecida de Goiânia (Huapa). 

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A Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP) destacou que, por volta das 13h, “forças policiais e servidores providenciam o adentramento na unidade a fim de promover extensa varredura à procura de armas e outros objetos ilícitos”. Além disso, segundo a secretaria, não houve reféns e todos os servidores saíram ilesos, sendo que eles tiveram um papel decisivo no sentido de restabelecer o diálogo e conter o tumulto. Algumas pessoas que estavam na região falaram que viram uma fumaça saindo da penitenciária e ouviram barulhos de bombas, além de tiros.

Segundo a polícia, Thiago Topete é o líder de uma quadrilha de tráfico de drogas. Em 2015, ele cumpria pena na POG e o seu grupo foi apontado como responsável por várias mortes na capital. Mesmo dentro do presídio, Thiago comandava as ações do seu grupo, que agia na região Oeste de Goiânia. Os crimes eram cometidos para garantir espaço para o tráfico de drogas e também por vingança, já que os suspeitos passaram a matar uns aos outros.

Construção de motel 

No final do ano passado, Thiago Topete foi apontado pela Polícia Militar como financiador da construção de 120 quitinetes dentro da POG. O local seria utilizado para encontros íntimos de detentos no pátio da Ala C da penitenciária. Topete “perdeu” o investimento de R$ 200 mil na construção de motel na penitenciária e ficou também sem o faturamento mensal de R$ 120 mil, referente ao aluguel das quitinetes. 

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