Polícia Civil investiga o uso de armas em rebelião

Segundo o coronel Edson Costa, confronto entre detentos poderia ocorrer mais cedo ou mais tarde

Postado em: 25-02-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Segundo o coronel Edson Costa, confronto entre detentos poderia ocorrer mais cedo ou mais tarde

Caio Marx

Após um conflito que matou cinco detentos e deixou 35 feridos na Penitenciária Odenir Guimarães (POG), em Aparecida de Goiânia, a situação foi controlada e o clima é de tranquilidade. Segundo Jorimar Bastos, presidente da Associação dos Servidores do Sistema Prisional do Estado de Goiás (Aspego), para que não houvesse novos conflitos, vários detentos foram transferidos para o novo presídio de Anápolis.

Segundo o tenente-coronel Ricardo Mendes, assessor de comunicação da Polícia Militar de Goiás, os presos que se envolveram no conflito foram detentos das alas A, B, C, 310 e 320. “A confusão começou entre duas facções rivais e foi contida pelo sistema de segurança pública. Nenhuma fuga foi registrada”, afirmou. Mendes ainda destacou que foram encontradas dentro do presídio duas armas de fogo, sendo uma pistola e um revólver. Procedimentos administrativos serão abertos para apurar se houve facilitação na entrada de armas.

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Em entrevista coletiva na noite da última quinta-feira (23), o coronel Edson Costa, ex-secretário de Segurança Pública e Administração Penitenciária enalteceu que o confronto “poderia ocorrer mais cedo ou mais tarde”. Justificando este ponto de vista, o antigo secretário explicou que a pasta já vinha administrando as rixas entre as quadrilhas de Iterley Martins de Souza, conhecido como “Magrelo” e a quadrilha liderada por Thiago César de Souza, conhecido como “Topete”.

Questionado sobre por que Thiago não estava isolado dos outros detentos, o secretário explicou que ele já esteve separado em algumas ocasiões, mas que o detento não pode ficar isolado durante muito tempo. “Nós não podemos contingenciar a condição de um preso, temos leis para cumprir”, disse o coronel. Ainda de acordo com o coronel Edson, confrontos em presídios é uma realidade do Brasil. “Com todos os esforços que nós temos, ainda não conseguimos zerar essa situação. Pois, infelizmente, onde temos seres humanos, temos corrupção, temos deficiências, que acabam nessa situação”, afirmou.

O delegado Gylson Mariano, assessor de imprensa da Polícia Civil, informou ao O Hoje que a corporação deve investigar o que levou ao confronto entre os presos. “O Grupo de Investigação de Homicídios de Aparecida de Goiânia já enviou equipes no local junto com a Polícia Técnico-Científica. Eles estão analisando a dinâmica, já que ainda não sabemos o que aconteceu que permitiu que presos de alas diferentes se encontrassem”, explicou.

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