Estudantes goianos se destacam

Disputas de física, história, línguas, matemática, entre outras, garantem desempenho do ensino tanto em instituições públicas, quanto privadas

Postado em: 03-04-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
Imagem Ilustrando a Notícia: Estudantes goianos se destacam
Disputas de física, história, línguas, matemática, entre outras, garantem desempenho do ensino tanto em instituições públicas, quanto privadas

Renato Estevão

As competições de Olimpíadas Brasileiras nas Escolas Públicas nestes últimos anos repercutiram não só em Goiás, mas no Brasil e no mundo. Segundo os resultados divulgados dos últimos torneios do ano passado pela organização, parte dos alunos que alcançaram melhores colocações no ranking é genuinamente goiana. Os estudantes e os professores que os instruíram recebem além de menções honrosas, troféus e medalhas como mérito da colocação dentro dos torneios.

Continua após a publicidade

De acordo com o superintendente de inteligência pedagógica e formação de Goiás, Marcelo Jerônimo Rodrigues Araújo, as Olimpíadas Brasileiras têm como finalidade focar no aprendizado dos alunos e estimular professores das redes de ensino. “As olimpíadas nas escolas se comunicam tanto com jovens quanto com os adultos. As melhorias da qualidade do ensino os estimulam à participação, porque os alunos se veem em condição imediata e de igualdade para competir e participar com outros colegas. As olimpíadas nas escolas asseguram o avanço da educação no Estado”, avalia.

Modalidades

Além das Olimpíadas revelarem jovens que possuem talentos em cálculos, pela matemática na ‘Olimpíada Brasileira de Matemática nas Escolas Públicas’ (OBMEP), pela física, na ‘Olimpíada do Conhecimento’, pela Língua Portuguesa em ‘Escrevendo o Futuro’, entre outras, as iniciativas de cunho social ganharam força pela repercussão dos campeonatos fazendo assim democratizar, não apenas as participações dos estudantes e professores que anteriormente eram limitadas às instituições públicas de ensino tais como as estaduais, as federais e as municipais em todo o país. Segundo o superintendente, as competições também passaram a integrar as agendas de muitas instituições particulares. “A parceria da Secretaria da Educação com as instituições privadas – particulares – possibilitaram que parte delas, também aderisse ao projeto e, passou a receber alunos e professores que também desejavam participar”, informa.

Premiados

A Olimpíada do Conhecimento proporcionou desafios e alegrias para alunos e professores do Colégio Militar Ayrton Senna, localizado na região noroeste da Capital. A equipe ‘Hogwarts of Legons’, formada por 10 alunos entre o 2º e o 3º ano do ensino médio, do curso de robótica conseguiu o terceiro lugar e levou além de medalhas, o troféu para a escola, durante a 1ª etapa de premiação do Festival SESI de Robótica, no ano passado. O professor de física e orientador da turma, Adriano Fonseca Silva, 39, que trabalha há 17 anos na área da educação, explica que o grupo já conseguiu ao menos três premiações. Na unidade, ele explica como a robótica é inserida na educação dos estudantes. “Desde 2010 a nossa escola trabalha com robótica, não como uma disciplina, mas como uma atividade extra-curriculares aos alunos”.

O professor que trabalha na unidade há 10 anos revelou ainda os efeitos que a Olimpíada trouxe para a sua equipe. “Eles melhoraram o desempenho em sala, melhoraram também a comunicação entre eles”.

Ana Caroline, de 17 e Rafael Andrade, de 15 anos, são alunos da equipe de Adriano. Rafael conta que nunca pensou em programar robôs, mas agora após a sua participação no torneio, não se vê fazendo outra coisa futuramente. O jovem pensa agora nos cursos de engenharia mecânica ou engenharia mecatrônica para seguir carreira. “Até então eu queria fazer faculdade de medicina, só que estou indeciso, porque programo na robótica e amo fazer isso. Eu amo fazer robôs”, afirma. Ana conta que tanto a escola quanto a Olimpíada serviram como base em suas experiências. “Para mim foi uma experiência que eu teria em outra escola pública, exatamente por causa da robótica porque em qualquer outra escola pública ou até mesmo particular, não teria essa experiência, não é uma matéria normal, é diferente”, comemora.

Torneio

Ainda segundo o superintendente de inteligência pedagógica, os alunos e os professores são orientados para participarem das competições. Ele pontuou também sobre a realização das provas e das futuras oportunidades para os estudantes. “Não é simplesmente os alunos irem a um determinado local e fazerem uma prova. Os professores recebem materiais de orientação e os alunos também obtém formações dentro dasunidades. Eles são altamente capacitados. Os alunos que apresentarem melhores resultados avançam para as outras etapas e assim chegarema competições nacionais e até mesmo internacionais”, explica. “Então as etapas municipais, regionais, cria-se um clima escolar que a gente chama muito favorável de estudo, de uma competição saudável”, afirma.

O deslocamento de uma etapa para a outra possibilita uma experiência positiva aos participantes. “Uma vez que esses alunos saem têm também a questão da troca de experiência e quando tem situações como estas de destaques, nós temos a felicidade de ter uma escola motivada, então isso mexe com a escola, do ponto de vista da motivação do grupo, tanto na questão da própria ciência quanto no aprendizado do aluno, porque eles acabam se dedicando e, consequentemente, se saindo bem nas competições”, complementa.

Veja Também