HGG oferecerá cirurgias de redesignação sexual

ambulatório na área de assistência psicológica e acompanhamento hormonal já iniciou os atendimentos e os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) podem ser encaminhados

Postado em: 11-04-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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ambulatório na área de assistência psicológica e acompanhamento hormonal já iniciou os atendimentos e os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) podem ser encaminhados

Da redação

Goiás contará com mais uma unidade hospitalar capacitada para realizar a cirurgia de redesignação sexual e atendimento ambulatorial aos transexuais e travestis. Trata-se do Hospital Alberto Rassi – HGG, unidade do Governo do Estado, que está formando uma equipe multidisciplinar para assistência integral a esse público. O ambulatório na área de assistência psicológica e acompanhamento hormonal já iniciou os atendimentos e os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) podem ser encaminhados por meio do código 625, a partir de uma unidade básica.

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De acordo com a portaria nº 2.803/2013 do Ministério da Saúde (MS), que redefine e amplia o processo transexualizador no SUS, as cirurgias também podem ser realizadas fora de hospitais universitários. O HGG já está em processo de habilitação junto ao MS. O Hospital se prepara para o atendimento ao público trans desde 2016, quando foi assinado o protocolo de intenções pelo Governo de Goiás, diretoria da unidade e representantes do movimento LGBT.

Também foi realizado pelo Hospital o fórum “O processo transexualizador no HGG: aspectos técnicos e éticos”, que reuniu mais de 120 profissionais do hospital, entre médicos, residentes, equipe multiprofissional e funcionários de acolhimento, com a presença do então presidente do Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego), Aldair Novato Silva, da coordenadora do Projeto de Transexualismo no Hospital das Clínicas (HC), Mariluza Terra Silveira , e do cirurgião plástico Marcelo Soares, também da equipe do HC. 

O coordenador do Ambulatório TX do HGG, Marcos Antônio Ribeiro Moraes, explica que a porta de entrada no HGG é o Serviço de Psicologia. “Os primeiros pacientes já estão sendo encaminhados à unidade e em breve, vamos lançar uma campanha de divulgação do Serviço, pois acreditamos que há uma demanda reprimida na rede e de pessoas que desconhecem existir este atendimento na rede pública”, explica o psicólogo. 

Além da psicologia, o Serviço Especializado do Processo Transexualizador do HGG oferecerá atendimento nas áreas de ginecologia, endocrinologia (hormonoterapia), fonoaudiologia, além dos procedimentos cirúrgicos (redesignação do sexo, implante de prótese ou retirada das mamas, por exemplo). A formação da equipe multidisciplinar ocorre por meio de processo seletivo simplificado, que já está em andamento. 

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