Goiânia: 20 anos sem cobrador nos ônibus

Atualmente, Goiânia passa por outro processo, e antigos sitpass deixam mercado de consumo

Postado em: 24-04-2017 às 08h30
Por: Sheyla Sousa
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Atualmente, Goiânia passa por outro processo, e antigos sitpass deixam mercado de consumo

Wilton Morais

Em fevereiro de 1988, Goiânia implantou um sistema diferente para o pagamento de passagens no transporte público urbano. À época, os cobradores de ônibus eram substituídos pelas máquinas de sitpass e toda transação monetária dentro dos ônibus ficou impedida pelo sistema que se tornou pioneiro no transporte público do Brasil. 

À época, a empresa responsável pela mudança, alegava os benefícios, que em sua maioria referia a segurança dos usuários. O sistema foi pioneiro no transporte público, com o uso de passagens. Atualmente, Goiânia passa por outro processo, e os antigos sitpass estão deixando o mercado de consumo. 

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Usuários

“O sistema trouxe outros problemas. Se eu perder o cartão não tem como comprar o sitpass ou o crédito para o cartão fácil”, argumentou o músico e vendedor ambulante Gésus Vaz. Além disso, operar a máquina para comprar o crédito tem sido um problema para alguns usuários. “Olha o tamanho da fila para carregar aqui, muito transtorno”, disse. 

Gésus também aponta outros problemas que percebe com o usuário do transporte no dia a dia. “O cartão fácil é um roubo. Não dá para passar mais de uma vez. Já aconteceu da máquina comer o meu credito, tanto na catraca quanto na recarga”, questionou. 

O mesmo foi apontado pela gari Vilane de Moraes. “Aqui no eixo, desde que começou a história de aumentar a passagem, esse ano, eu observei teve dias que cobraram R$ 4, isso vem acontecendo. Podem fazer o teste, eu acompanho”, contou indignada. Vilane tem razão, o usuário precisa verificar as suas recargas e, nos casos de excedentes, procurar a Rede Metropolitana de Transporte Público. 

Quem vem de outra cidade também encontra problemas. Jaçana Pereira é motorista e veio de Itapirapuã (GO), pelo menos uma vez na semana. “Toda vez que venho a Goiânia, preciso comprar a passagem na carteirinha de alguém para poder passar na catraca. Sempre um transtorno”, considera Jaçana.

Em 2015, a venda a bordo do ônibus em Goiânia foi retomada. Mas dessa vez pelo motorista, que além de observar o trânsito da cidade, teve que realizar a tarefa das maquinas ou dos cobradores. A venda atrapalha, mas são poucos os usuários que utiliza o serviço. 

A reportagem entrou em contato com a RedMob, atual responsável pelo sistema de venda de passagens no transporte, em Goiânia. Porém, a empresa não conseguiu levantar dados até o fechamento da edição. 

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