Frigorífico em Senador Canedo retoma atividades

Processamento de carne havia sido interrompido devido a deflagração da Operação Carne Fraca

Postado em: 25-04-2017 às 08h50
Por: Sheyla Sousa
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Processamento de carne havia sido interrompido devido a deflagração da Operação Carne Fraca

Rhudy Crysthian 

As atividades da unidade da JBS, em Senador Canedo, Região Metropolitana de Goiânia, foram retomadas ontem (204) depois de 20 dias paralisadas. O processamento de carne havia sido interrompido devido a deflagração da Operação Carne Fraca.

Segundo a JBS, além de Senador Canedo, voltaram a operar as unidades de Alta Floresta (MT), Nova Andradina (MS), Juína (MT), Pedra Preta (MT) e Tucumã (PA). Já as fábricas em Anastácio (MS), Naviraí (MS), Diamantino (MT) e Lins (SP) retornam em maio.

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As férias coletivas começaram no último dia 3 de abril. Na época, a companhia não informou o número de funcionários atingidos em Senador Canedo, mas destacou que a medida era necessária em virtude dos embargos temporários impostos à carne brasileira pelos principais países importadores, assim como pela retração nas vendas de carne bovina no mercado interno.

A empresa destacou, ainda, que as férias coletivas foram concedidas para “normalizar os níveis de estoques de produtos destinados ao mercado interno, assim como reescalonar a programação de embarques de produtos para os clientes do mercado externo que ficaram represados durante esse período”. Durante esse período, as unidades da empresa em Goiânia e Mozarlândia, no noroeste goiano, seguiram funcionando normalmente.

Carne Fraca

As restrições à compra de carne brasileira no mercado internacional, citada pela JBS, ocorreram após a deflagração da Operação Carne Fraca, no dia 17 de março deste ano. Segundo as investigações, havia um esquema para liberação e fiscalização irregular de frigoríficos no país. Na ocasião, o ministro da agricultura, Blairo Maggi, estimou que a exportação de carne do País caia em 10%. Para mostrar que havia “transparência” na produção, ele visitou uma fábrica da BRF de Rio Verde.

Em Goiás, os produtores rurais e criadores de animais sentiram o reflexo da operação. Segundo a Associação Goiana do Nelore (AGN), houve uma queda de 3% no valor da arroba,. De acordo com o presidente, Eurico Velasco, o valor da arroba caiu de R$ 132 para R$ 128 em apenas quatro dias. 

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