PF desarticula quadrilha especializada em lavagem internacional de dinheiro

Cerca de 200 policiais federais cumprem 103 mandados judiciais, sendo 55 de busca e apreensão, 46 de condução coercitiva e dois de prisão temporária

Postado em: 26-04-2017 às 08h00
Por: Renato
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Cerca de 200 policiais federais cumprem 103 mandados judiciais, sendo 55 de busca e apreensão, 46 de condução coercitiva e dois de prisão temporária

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã de hoje (26) a Operação
Perfídia para desarticular uma organização criminosa especializada em lavagem
internacional de dinheiro, blindagem patrimonial e evasão de divisas com
ramificações em pelo menos cinco países.

Cerca de 200 policiais federais cumprem 103 mandados judiciais,
sendo 55 de busca e apreensão, 46 de condução coercitiva e dois de prisão
temporária. As ações se concentram no Distrito Federal, mas também ocorrem na
Bahia, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Goiás, Pará, Piauí, Paraná,
Rio de Janeiro, São Paulo e Tocantins.

De acordo com a corporação, as investigações começaram em
agosto de 2016, a partir de uma prisão em flagrante ocorrida na imigração do
Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília.

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A Polícia Federal investiga se integrantes da organização
realizavam operações de câmbio não-autorizadas, além de dissimularem a
aquisição de imóveis de alto valor e promover a evasão de divisas. Para isso,
eles se utilizavam de “laranjas” e falsificavam documentos públicos,
especialmente certidões de nascimento emitidas em cartórios no interior do
Brasil.

Segundo a PF, o “núcleo duro” da organização era
formado por proprietários de postos de gasolina, agências de turismo,
lotéricas, entre outros estabelecimentos e era responsável pela aquisição
fraudulenta de imóveis para lavagem de dinheiro. A PF informa que, somente em
uma das operações de compra e venda, o negócio chegou a R$ 65 milhões.

A organização contava também com o apoio de advogados,
contadores, serventuários de cartórios, empregados de concessionárias de
serviços públicos e até de um servidor da Polícia Federal.

Em ação realizada ainda no ano de 2016, em endereços ligados
a um dos integrantes do chamado “núcleo duro”, foram encontrados
documentos que apontam para uma empresa do tipo offshore (aberta em
paraísos fiscais, que oferecem isenções de impostos e taxas e mantêm sob sigilo
o nome do proprietário) que pode ter realizado movimentações que excedem US$ 5
Bilhões.

O nome da operação é uma referência à traição e deslealdade
dos integrantes do “núcleo duro” da organização criminosa com o País.
(Agência Brasil) 

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