Saúde pública de Caldas Novas enfrenta caos

Conforme nota divulgada pela Secretaria, hospitais passarão pelas adequações exigidas e equipe da vigilância será convidada para visita

Postado em: 23-05-2017 às 08h20
Por: Sheyla Sousa
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Conforme nota divulgada pela Secretaria, hospitais passarão pelas adequações exigidas e equipe da vigilância será convidada para visita

Caio Marx

A Maternidade Amor e Esperança (MAE) e o Pronto Atendimento Infantil (PAI) de Caldas Novas foram denunciados pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) devido a irregularidades sanitárias. Após vistoria da Superintendência de Vigilância em Saúde do Estado de Goiás (Suvisa) houve a interdição do centro cirúrgico, a central de esterilização de equipamentos e a lavanderia das duas unidades.

De acordo com a Suvisa, as unidades funcionam no mesmo local e diversas vezes foram alertadas sobre a questão da higiene, porém, nenhuma providência de melhoria foi tomada pela prefeitura. O órgão exigiu a readequação dos ambientes para uma nova vistoria, somente assim as unidades poderão ser reabertas.

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Segundo nota da Secretaria de Comunicação de Caldas Novas, somente as consultas seguem funcionando nas unidades. No entanto, as cirurgias estão sendo redirecionadas para hospitais particulares conveniados. 

Colapso

Não é de hoje que a saúde pública em Caldas Novas está com graves problemas, no ano passado, uma denúncia realizada ao Promotor de Justiça Cristhiano Caires por um ginecologista do Pronto Atendimento Infantil de Caldas Novas fez com que o promotor fosse até a unidade e flagrasse inúmeras irregularidades.

Segundo médicos do Pronto Atendimento, constantemente grávidas em trabalho de parto chegam ao local e são dispensadas e informadas para ir atrás de unidades em outras cidades, pois inúmeras vezes a maternidade pública de Caldas Novas está sem condições de atender por falta de material, pessoas e até médicos.

Ainda de acordo com os médicos, as unidades não possuem material básico, papel higiênico, sabão, medicamentos e material para procedimentos cirúrgicos. Quando a denúncia foi realizada, o Ministério Público esteve no local e recolheu provas, ouviu funcionários e retirou fotos das condições de atendimento. 

O morador e empresário de Caldas Novas, Denis Machado, 32 anos relatou a reportagem do O Hoje que a situação da saúde pública em Caldas Novas é triste e que está próxima de um colapso. Segundo o morador, o prefeito anuncia UTIs para atender a população mais elas não existem. Além disso, faltam medicamentos na farmácia da prefeitura como o AAS infantil.

“Nós estamos próximos a um colapso na saúde pública de Caldas Novas, uma cidade de porte turístico como essa, não pode ter a falta de itens básicos em suas unidades. No meio do ano passado, vários médicos que trabalham aqui relataram que estavam com os salários atrasados e mesmo assim tinham que fazer ‘vaquinha’ para comprar itens básicos de saúde”, lamentou o empresário.

Ainda de acordo com a nota, a Secretaria de Comunicação de Caldas Novas fará em 10 dias todas as mudanças exigidas pela vigilância sanitária serão realizadas e os hospitais irão passar por uma nova visita de uma equipe da vigilância.

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