Começa a coleta de amostras de sangue de cães na zona rural de Luziânia-GO

Seis casos suspeitos da doença foram notificados em 2017 na cidade. Destes, quatro foram descartados por exames de laboratório e dois foram confirmados

Postado em: 03-08-2017 às 12h35
Por: Márcio Souza
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Seis casos suspeitos da doença foram notificados em 2017 na cidade. Destes, quatro foram descartados por exames de laboratório e dois foram confirmados

A Secretaria Municipal de Saúde começa nesta
quinta-feira (3), a coleta de amostras de sangue de cães na zona rural da
cidade de Luziânia, no Entorno do Distrito Federal. De acordo com secretário
Watherson Roriz de Oliveira, o objetivo é monitorar e identificar possíveis hospedeiros
da leishmaniose, que já teve casos confirmados na cidade este ano.

Segundo ele, seis casos suspeitos da doença foram
notificados em 2017. Destes, quatro foram descartados por exames de laboratório
e dois foram confirmados. “Um dos doentes já foi tratado e outro está sendo
medicado. Hoje vai começar o trabalho com os cães, para recolhermos aqueles que
estão sendo hospedeiros da leishmaniose”, disse.

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Ainda segundo o secretário, os dois
casos confirmados na cidade eram da leishmaniose cutânea. “É aquela em que
surgem feridas na pele. O tratamento dura cerca de 20 dias, com a aplicação de
60 ampolas no paciente”, explicou. 

A leishmaniose é uma doença causada por um parasita, e
transmitida por um mosquito chamado de palha. Animais silvestres e cachorros
são os hospedeiros da doença. O mosquito pica o animal, que pode transmitir a
leishmaniose ao homem através do sangue.

Marciano Pereira é um dos que
foram infectados pela doença. Ele é caseiro em uma fazenda que fica próxima aos
rios e diz que a ferida apareceu de forma misteriosa.

“Este negócio foi crescendo,
crescendo, e eu achei que era furúnculo. Eu também nem sabia o que era isso. Eu
pensei que era uma coisa simples, aí depois que me falaram que tinha que tomar
60 injeções, aí complicou”, contou. 

Existem quatro tipos da doença:
cutânea ou tegumentar, que apresenta úlceras na pele, geralmente em área
exposta, como braços, faces e perna; cutânea difusa: lesões generalizadas em
todo o corpo; muco-cutânea: além de pegar a pele, afeta a mucosa, atingindo o
septo nasal e agengiva; visceral: o tipo mais grave.

O mosquito transmissor da doença
se reproduz em áreas onde há matéria orgânica decomposta no solo, por isso a
região próxima aos rios, com matas e solo úmido, são propensas a doença. 

(G1 Goiás)

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