Cresce número de incêndios em áreas urbanas do Estado

No total, 2016 teve 2.595 incidentes, enquanto em 2017 já são 2.830

Postado em: 18-08-2017 às 14h35
Por: Victor Pimenta
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No total, 2016 teve 2.595 incidentes, enquanto em 2017 já são 2.830

Os incêndios em áreas urbanas são crescentes no Estado de
Goiás. Incidentes em pontos
comerciais são mais comuns, já que muitos estão irregulares perante a vistoria
do Corpo de Bombeiros. Ainda assim, residências também não estão livres desses
tristes episódios.

Segundo dados do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de
Goiás, entre janeiro e julho deste ano houve um aumento de 9,05% de incêndios
em centros urbanos em relação ao mesmo período do ano passado. No total, 2016
teve 2.595 incidentes, enquanto em 2017 já são 2.830. Ou seja, 235 a mais que o
registrado ano passado no mesmo período.

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Segundo o tenente do Corpo de Bombeiros, Fernando Augusto
Caramaschi, não existe um motivo comum entre os casos. “Especificamente, não há
uma causa que sobreponha as outras em relação a esse aumento. Mas, o que nos
preocupa é nas edificações comerciais. Praticamente todos os meses desse ano,
nós tivemos quantidade de incêndios maiores do que ano passado”.

Caramaschi fala da importância da regularização e da
documentação em dia. Isso auxilia bastante e ajuda a prevenir novas tragédias.
“Isso é um problema principalmente da inspeção, documentação, da regularização
das empresas junto ao Corpo de Bombeiros. Estando regularizadas, passando por
uma vistoria, os elementos de prevenção exigidos pelas normas estarão em dia e,
consequentemente, os números de incêndio cairão”.

A abertura de empresas acabam acontecendo de forma rápida e
muitas vezes não seguindo todos os parâmetros necessários para implantação de
segurança do estabelecimento. “Nós [Corpo de Bombeiros] temos uma grande
demanda de indústria, comércios, empresas. Atendemos por meio de solicitação no
site a denúncias de pessoas que presenciam a irregularidade. Fazemos também um
trabalho de pró-atividade, onde visitamos o local e vemos se há a segurança
necessária. Se não houver, damos as orientações necessárias para a
regularização”.

Nas residências, as maiorias de ocorrências se dão em período
de férias. Porém, ultimamente até depois desses períodos, casos estão sendo
monitorados pela corporação. “Janeiro e julho são os meses de maiores
ocorrências, pois as crianças estão em casa e acabam sofrendo acidentes e
brincando com produtos inflamáveis”, destacou.

Para prevenir casos desse tipo, a corporação desenvolveu um
laboratório que está aberto para visitação e busca ensinar a comunidade sobre
os perigos escondidos nas casas. “O laboratório está montado no nosso batalhão
e conta com toda estrutura de uma casa, com móveis e tudo mais. Aqui ensinamos
o perigo da vela, da sobrecarga nas tomadas, entre outros perigos. A utilização de vela é algo cultural, é algo comum, acabou a luz, acendemos a
vela. Existe a preocupação de onde posicionar essa vela para evitar colocar
perto de produtos inflamáveis, móveis, cortinas, aparelhos eletrônico, livros,
que são produtos que ajudam no início e propagação de um incêndio”.

Um dos grandes causadores de tragédias em residências,
segundo o tenente é o ventilador, que é esquecido ligado durante o dia e acaba
gerando uma sobrecarga em seu cabo de conexão à tomada.

Os óbitos também estão na preocupação dos bombeiros. O
tenente não soube afirmar se houve aumento de mortes por incêndios, mas afirmou
que são intensivas as campanhas de conscientização. “Essa parte é muito
importante para a prevenção, já que muitas vezes as vítimas acabam morrendo intoxicadas
com a fumaça. Então, a diminuição ocorrerá com a conscientização para evitar o
início do incêndio”.

O telefone de emergência do Corpo de Bombeiros é o 193, que
está disponível 24 horas para atender ocorrências. As solicitações de vistorias
para os estabelecimentos são feitas pelo www.bombeiros.go.gov.br, na aba de
serviços. 

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