Público relata falta de segurança no Festival Vaca Amarela

Durante as apresentações, teriam ocorrido aproximadamente 60 roubos. Coordenação do evento lamentou casos

Postado em: 23-09-2017 às 17h13
Por: Guilherme Araújo
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Durante as apresentações, teriam ocorrido aproximadamente 60 roubos. Coordenação do evento lamentou casos

Guilherme Araujo*

Quem curtia a primeira noite de apresentações do Festival
Vaca Amarela, realizado nesta sexta-feira (22) no Centro Cultural Oscar Niemeyer
não imaginava o que acontecia nos banheiros do evento e em pontos estratégicos
dentro do Palácio da Música. Após o show da drag queen Pabllo Vittar, uma aglomeração
aguardava nas catracas dizendo ter sido roubada. O número se multiplicou e ao
fim da contagem, somavam-se aproximadamente 60 pessoas.

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No local, não havia sinal de policiamento e várias pessoas
se disseram inseguras. Mário Calaça, de 22 anos, relata momentos de tensão ao
lado de uma amiga. Segundo ele, o roubo teria acontecido enquanto acontecia a
discotecagem de um DJ, durante a preparação do palco para as próximas atrações.
“Uma das minhas amigas foi roubada e ela viu que havia outras pessoas na mesma
situação. Perdemos metade dos shows por conta disso”, relata. O clima foi de
revolta.

Outro problema enfrentado foi a dificuldade de saída do
local após as apresentações. Houve quem esperasse mais de 1h graças ao trânsito
e a dificuldade de chegada ao espaço, que frequentemente é palco de shows e
eventos culturais. A estudante Gabrielly Leão disse ter ficado apreensiva ao
saber o que se passava. “Não tive coragem de esperar meu táxi do lado de fora,
próxima à pista. Voltei para a entrada do Palácio e fiquei próxima ao pessoal
da organização”.

Em nota, a organização do evento lamentou os ocorridos e
disse ter reforçado a segurança. Confira o texto na íntegra: 

A coordenação do Festival Vaca Amarela lamenta os incidentes de roubos nas imediações do Centro Cultural Oscar Niemeyer (CCON), e furtos dentro do espaço, que ocorreram ontem, sexta-feira (22). Em seus 16 anos de existência, o evento manteve uma posição de estímulo à diversidade múltipla num ambiente de convergência, intercâmbio e troca de experiências culturais. O festival nunca se deparou com situações parecidas. Em sua trajetória, o Vaca sempre foi um espaço pacífico e de harmonia. 

Lamentamos profundamente o estado alarmante de insegurança pública que ronda eventos com perfis semelhantes. Não é de agora que há relatos e incidentes de roubos de carros e furtos em eventos de médio e grande porte em Goiânia. 

As autoridades competentes, tais como Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Vigilância Sanitária, entre outras, foram informadas sobre a capacidade e expectativa de público, segurança e bem-estar durante todo o projeto. 

A empresa de segurança, Grupo Escudo, inclusive, é certificada e uma das mais renomadas do estado, parceira há quase uma década. Ela cumpriu com todos os procedimentos obrigatórios, como revista, vigilância, rondas e monitoramento. Agradecemos também a equipe do CCON, que recebe o festival tão bem, com acompanhamento, orientação e garantindo a realização de eventos culturais.

Para hoje, o Vaca reforçou a operação de segurança dentro e fora do CCON. Também abaixou o preço do estacionamento para R$5 (antes R$15), para criar um maior conforto e segurança ao público. Seguimos na resistência e na construção de espaços de cultura e formação, que são tão importantes para a conquista de uma sociedade mais diversa e segura.  

*Guilherme Araujo é estagiário do jornal O HOJE, sob supervisão de Naiara Gonçalves 

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