Apoio a casamentos gays na Austrália continua com maioria, segundo pesquisa

Cerca de 16 milhões de australianos foram convocados a dar sua opinião a favor ou contra o casamento homossexual em uma pesquisa via correio e não obrigatória

Postado em: 25-09-2017 às 11h05
Por: Márcio Souza
Imagem Ilustrando a Notícia: Apoio a casamentos gays na Austrália continua com maioria, segundo pesquisa
Cerca de 16 milhões de australianos foram convocados a dar sua opinião a favor ou contra o casamento homossexual em uma pesquisa via correio e não obrigatória

O apoio dos cidadãos da Austrália
à pergunta sobre a legalização dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo
continua sendo majoritário, segundo uma pesquisa publicada hoje (25). A
informação é da Agência EFE.

Cerca de 16 milhões de
australianos foram convocados a dar sua opinião a favor ou contra o casamento
homossexual em uma pesquisa via correio e não obrigatória. A pesquisa termina
dentro de 13 dias e os resultados serão anunciados em 15 de novembro.

A sondagem da firma Newspoll,
publicada pelo jornal The Australian, indica que 57% da população é a favor da
medida. No entanto, o apoio caiu seis pontos percentuais se comparado ao
registrado no mês anterior, enquanto o apoio ao “não” cresceu de 30%
para 34%.

Continua após a publicidade

Na sondagem realizada na
quinta-feira passada (21), 9% se declararam indecisos ou optaram por não
revelar a sua posição, entre os 1.695 eleitores ouvidos.

As fichas com a pergunta
“Deve ser modificada a lei, para se permitir que pessoas do mesmo sexo se
casem?” começaram a ser enviadas no dia 12 de setembro e até agora 15% dos
eleitores as devolveram.

Se o “sim” ganhar na
sondagem postal, o governo conservador permitirá aos seus deputados que
proponham antes de Natal a reforma da Lei de Casamentos de 1961, que recebeu
emenda em 2004 para detalhar que esta união é exclusiva entre um homem e uma
mulher.

Mas se o “não” vencer,
o governo deixará a reforma de lado. Os trabalhistas, que estão na oposição,
prometeram que, se ganharem as eleições gerais previstas para 2019, organizarão
um debate sobre o tema no Parlamento nos primeiros cem dias do seu mandato.

A votação pelo correio foi
criticada por políticos e ativistas a favor dos direitos da comunidade LGTBIQ
(de lésbicas, gays, transexuais, bissexuais, intersexuais e queers, expressão
que designa pessoas que não seguem o padrão da heterossexualidade ou do
binarismo de gênero). Eles consideram que o Parlamento deveria debater o tema
diretamente e temem o impacto de campanhas de ódio.

A Austrália, que aceita a união
civil em vários de seus estados, recebeu críticas de várias organizações devido
à sua lentidão na legalização dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo.

Em dezembro de 2013, o Tribunal
Superior anulou uma lei que permitia este tipo de união no Território da
Capital Australiana por considerar que transgredia a Lei Federal de Casamentos
de 1961.

Também fracassaram propostas
legislativas similares nos estados da Tasmânia e Nova Gales do Sul, cuja
capital é Sydney. 

Com informações da Agência Brasil. Foto: Reprodução 

Veja Também