Prefeitura mapeia áreas de risco para infestação

Com o estudo, será possível identificar qual a atual situação dos focos do mosquito na Capital e em quais lugares há maior concentração de criadouros

Postado em: 16-10-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Com o estudo, será possível identificar qual a atual situação dos focos do mosquito na Capital e em quais lugares há maior concentração de criadouros

A Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), inicia hoje o mapeamento das áreas com maior risco de infestação por Aedes aegypti. Com o estudo, será possível identificar qual a atual situação dos focos do mosquito na Capital e em quais lugares há maior concentração de criadouros. Os resultados são importantes para planejar estratégias e se preparar para o verão, época em que as chuvas, acompanhadas de altas temperaturas, contribuem para maior proliferação do Aedes. O trabalho segue até sexta-feira (20).

Durante uma semana, os agentes de combate às endemias (ACE) visitarão imóveis em todas as regiões de Goiânia em busca dos dados para o Levantamento Rápido do Índice de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa). ‘A última pesquisa, em junho, apontou um índice de 1,2%. O valor sinalizou uma situação de alerta para epidemia de doenças causadas pelo Aedes, em especial, a dengue’, explica a superintendente de Vigilância em Saúde da SMS, Flúvia Amorim. Em 2017, já foram registradas 29.724 notificações da doença no município. ‘De cada mil casos, quase dois são considerados graves’, alerta a superintendente.

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As chuvas dos últimos dias e as altas temperaturas que ainda seguem afetando Goiânia criam um ambiente favorável para proliferação do mosquito. O resultado desta combinação é um índice de infestação maior. Com mais mosquitos circulando pela cidade, os números das doenças causadas por ele tendem também a aumentar.

‘A forma mais efetiva de combate é não deixar o Aedes nascer. Para isso, eliminar os criadouros é fundamental’, reforça Flúvia Amorim. Além das visitas nos imóveis para coleta de dados, identificação e eliminação de focos, os ACEs também são responsáveis na conscientização do goianiense no controle do Aedes aegypti.

Com a grande extensão territorial, os valores do índice de infestação podem não ser uniformes em toda Goiânia. Ao mostrar realidades distintas entre as regiões do município, o LIRAa auxilia a gestão no desenvolvimento de estratégias pontuais para cada área. ‘Com os números em mãos, é possível intensificar o trabalho de combate ao Aedes nos locais mais críticos’, destaca Flúvia Amorim. O Ministério da Saúde considera valores inferiores a 1% como satisfatório. De 1 a 3,9% indicam um estado de alerta e números iguais ou maiores que 4% apontam situação de risco para epidemias de doenças causadas pelo Aedes. 

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