Parado, Porto Seco de Anápolis gera prejuízo

Por mês, 700 contêineres deixam de operar entre Anápolis e Sumaré (SP)

Postado em: 22-01-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Por mês, 700 contêineres deixam de operar entre Anápolis e Sumaré (SP)

Wilton Morais* 


Será realizado hoje no final da manhã, mais uma reunião no Porto Seco de Anápolis para tratar da suspensão do embarque de contêineres entre a cidade goiana e Sumaré (SP). A reunião deve tentar encontrar soluções para a retomada do transporte ferroviário no Estado. A paralisação foi iniciada ainda no mês de novembro, quando a VLI, operadora da Ferrovia Centro Atlântica (FCA) suspendeu o serviço de contêineres.

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Conforme a Porto Seco, cerca de 700 contêineres deixaram de ser embarcados por mês. Dessa maneira, algumas empresas tiveram de desistir de suas remessas. A permissionária realizou a paralisação sem autorização da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que deve autorizar a parada, por meio do Decreto Federa 1.832/96. Ainda em dezembro de 2017, foi instaurado processo administrativo para apurar a paralisação.

A reunião de hoje será a segunda, com o objetivo de reativar o serviço. Faz parte da pauta a análise do impacto de suspensão, como balanço do prejuízo gerado. Para a Porto Seco, é preciso levantar propostas para que as medidas sejam tomadas. 


Histórico

Em 2012, greve de trabalhadores no Porto Seco causou prejuízo de R$ 100 milhões aos cofres públicos, com a redução de 20% dos impostos que deixaram de ser arrecadados. Na ocasião, os servidores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Ministério da Agricultura e Pecuária e Receita Federal decretaram o fim da greve, após 40 dias parados. A Anvisa é responsável por autorizar a entrada e saída de insumos farmacêuticos no Brasil. Com os remédios  parados nos armazéns do Porto Seco, a falta foi imediata.

Irão participar da reunião de hoje a senadora Lúcia Vânia, responsável pela articulação que busca a retomada das atividades no Porto Seco; o secretário de Desenvolvimento Econômico de Goiás, Francisco Pontes; o superintendente executivo da Indústria, Comércio e Serviços do Estado, Luis Medeiros; o superintendente executivo de Comércio Exterior, William O’Dwyer; o prefeito de Anápolis, Roberto Naves; e os secretários municipais de Desenvolvimento Econômico e de Gestão e Planejamento.

São esperados o presidente da Companhia de Desenvolvimento Econômico do Estado de Goiás (Codego), Júlio César Vaz de Melo; o presidente do Conselho Temático de Infraestrutura da Fieg (Coinfra), Célio Eustáquio de Moura; o presidente da Associação Pro-Desenvolvimento Industrial do Estado de Goiás (Adial), Otávio Lage de Siqueira Filho; e o presidente da Associação Comercial e Industrial de Anápolis (Acia), Anastácios Apóstolos Dagios. (*Especial para o Hoje) 

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