Norte do Estado onde tem o maior índice de tremores

Segundo dados do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo, o mapa incluiu novas regiões brasileiras onde os tremores de terra podem ser mais freque

Postado em: 14-02-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Segundo dados do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo, o mapa incluiu novas regiões brasileiras onde os tremores de terra podem ser mais freque

Gabriel Araújo*

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A nova atualização do mapa de tremores de terra da Universidade de São Paulo (USP), concluída em dezembro de 2017, colocou a região norte do estado de Goiás como um dos pontos onde os terremotos são mais frequentes. O estudo, conduzido por pesquisadores do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP procurava atualizar o mapa de 1995 adicionando regiões onde os tremores de terra podem ser mais frequentes.

Apesar de o Brasil não ter um histórico de abalos sísmicos de alta magnitude, os tremores precisam ser constantemente monitorados pelos geofísicos para que tragédias possam ser evitadas. Somente no norte do Estado, nos último oito anos, foram constatados 43 tremores de pequeno porte. No mesmo período, o país registrou mil terremotos, o maior chegou a 7,4 na magnitude regional (mR) e ocorreu na cidade de Feijó, no estado do Acre.

De acordo com o Observatório de Sismologia da Universidade de Brasília (UNB), foram registrado no estado de Goiás 36 terremotos nos últimos dois anos, sendo que o maior foi de 3,7 na magnitude regional (mR). O estado tem uma média baixa, de 0,05 tremores por dia.

A cidade de Estrela do Norte, no extremo norte do Estado, é a cidade que mais sofre com tremores de terra em Goiás, nos dois últimos anos foram seis. A cidade foi sede dos dois maiores terremotos de terra registrado no Estado nos últimos anos, um de 3,2 mR em setembro de 2017 e outro de 3,7 mR em outubro de 2016.

Alerta

Em janeiro deste ano a população do estado de Goiás passou a receber alertas de desastres naturais por meio de mensagens de celular. Para participar é preciso fazer o cadastro respondendo a mensagem da Defesa Civil (pelo número 40199), que pedirá o CEP de interesse. 

A iniciativa foi inspirada em sistemas que já funcionam em países como Canadá, Chile, Bélgica, Filipinas e Japão, a cerca de 20 anos. A plataforma enviará notificações sobre tempestades, vendavais, alagamentos, risco de deslizamento e outros fenômenos meteorológicos. O Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad) e a Defesa Civil de Goiás serão responsáveis pelo monitoramento e envio dos alertas.

O sistema já está disponível nos estado do Paraná, Rio de Janeiro, Santa Cataria, São Paulo, Espírito Santo e Rio Grande do Sul e foi desenvolvido pela Defesa Civil e as operadoras de telefonia móvel. A previsão é que o serviço esteja funcionando em todo o país até o mês de março.

1955

Os dois maiores terremotos que já foram registrados no Brasil ocorreram no ano de 1955, nos estados do Mato Grosso e Espírito Santo. Em janeiro, mais precisamente na Serra do Trombador, no interior do Mato Grosso, foi detectado um terremoto de 6,6 graus na escala Richter, o maior registrado na história do Brasil. O abalo ocorreu em região muito pouco habitada, o que não ocasionou em mortes nem em danos materiais.

Já em fevereiro foi a vez da cidade de Vitória, que sofre um tremor de 6,3 na escala Richter. O epicentro foi no mar, a 300 km da costa do Espírito Santo, mas foi sentido na capital do estado e nas cidades de Vila Velha, Guarapari, Colatina e Cariacica. (Gabriel Araújo é estagiário do jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian) 

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