Preso que filmou decapitações em unidade prisional é assassinado

Tiago foi atingido por disparos de arma de fogo e também esfaqueado na Rua 3, no Setor Central, em esquina com a Alameda Botafogo

Postado em: 15-02-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Tiago foi atingido por disparos de arma de fogo e também esfaqueado na Rua 3, no Setor Central, em esquina com a Alameda Botafogo

O preso do regime semi-aberto do Complexo Agroindustrial de Aparecida de Goiânia, Tiago Corrêa, 30, foi assassinato ontem na Alameda Botafogo em Goiânia. Ele foi o responsável por filmar as cenas de decapitações que ocorreram na unidade prisional no primeiro dia deste ano. A Diretoria Geral de Administração Penitenciária confirmou a morte, mas não soube explicar como o crime aconteceu. 

Tiago foi atingido por disparos de arma de fogo e também esfaqueado na Rua 3, no Setor Central, em esquina com a Alameda Botafogo. De acordo com a Polícia Civil, ele foi morto por quatro pessoas. Até o fechamento desta edição, os suspeitos não foram identificados e ninguém foi preso.

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No vídeo da rebelião, o preso aparece no final da gravação segurando a cabeça de um detento. Em seguida, solta o crânio no chão e os detentos continuam com a carnificina. No mesmo dia do motim, outro vídeo também circulou pelas redes sociais. Esse teria sido o estopim para o afastamento da então diretora do local, Edleidy Pereira dos Santos Rodrigues.

Na ocasião, nove pessoas morreram, inclusive com corpos queimados, e 14 ficaram feridos e mais de 200 fugiram. 

17 tiros 

Dois dias após a rebelião, um  detento da Colônia Agroindustrial do Regime Semiaberto, em Aparecida de Goiânia, foi morto por cerca de 17 tiros na BR-153, no mesmo município. Conforme informações da Polícia Civil, o preso, identificado como Jesus Misael Chaves de Oliveira, estaria a caminho de um trabalho voluntário e não seria um dos detentos que teria fugido durante a rebelião. 

O delegado de Polícia, Eduardo Rodovalho, disse que iria investigar se o crime possuía alguma relação com o motim organizados por presos do regime semi-aberto. Na ocasião, nove detentos foram mortos, sendo dois deles decapitados, e outros 14 ficaram feridos. (Marcus Vinícius Beck é estagiário do jornal O Hoje, sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian) 

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