Secretaria define estratégias para impedir o avanço da dengue em Goiás

Medidas foram definidas durante reunião realizada na manhã de segunda-feira (19), da qual participaram gestores dos oito municípios goianos apontados como de alto risco para a dengue

Postado em: 20-02-2018 às 14h40
Por: Victor Pimenta
Imagem Ilustrando a Notícia: Secretaria define estratégias para impedir o avanço da dengue em Goiás
Medidas foram definidas durante reunião realizada na manhã de segunda-feira (19), da qual participaram gestores dos oito municípios goianos apontados como de alto risco para a dengue

Com o objetivo de impedir o avanço da infestação do Aedes aegypti e dos casos das doenças transmitidas pelo mosquito em todo o Estado de Goiás, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) adotou uma série de medidas a curto prazo. Entre as ações a serem implementadas estão o fortalecimento da equipe
responsável pela investigação das mortes suspeitas por dengue, a intensificação
das visitas domiciliares em todo o território goiano, a distribuição de
repelentes para a população de menor poder aquisitivo e a antecipação do
repasse aos municípios de medicamentos necessários ao tratamento da dengue.

Estas e outras estratégias foram definidas durante reunião
realizada na manhã desta última segunda-feira (19) na sede da SES, da qual
participaram representantes da Saúde Estadual e gestores dos oito municípios
goianos apontados como de alto risco para a dengue. O coordenador-geral de
Controle de Dengue da SES, Murilo do Carmo, informa que estão incluídos neste
grupo 
os municípios de Acreúna, Caldas Novas, Iporá, Paranaiguara, Porangatu, Quirinópolis, Rio Verde e São Simão, localizados em diferentes regiões do Estado e que possuem os maiores índices de infestação pelo Aedes, maior número
de casos da doença e maior contingente populacional.

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Durante o encontro também foi definida a disponibilidade do
repasse de bombas costais aos municípios para combate ao Aedes, a distribuição
de testes rápidos para o diagnóstico mais célere da dengue e a atuação incisiva
das Vigilâncias Sanitárias Municipais nos imóveis que apresentam reincidência
de focos do Aedes aegypti. A SES está também elaborando uma nota técnica
definindo as ações a serem efetivadas nos municípios para o controle do Aedes.

Os dados da SES apontam que o número de casos confirmados de
dengue diminuiu drasticamente nos últimos três anos. Em 2016, nas seis
primeiras semanas do ano, foram confirmados 20.642 casos de dengue. Em 2017, no
mesmo período, foram constados, por meio de exames clínicos e laboratoriais,
6.332 casos de dengue. Neste ano, a quantidade de casos confirmados despencou
para 3.987.

Força-tarefa

A investigação das mortes por suspeita de dengue é feita pelo
Comitê de Investigação de Óbitos de Dengue, composto por profissionais de
diversas áreas da SES. A equipe sempre se reuniu uma vez por mês com o
propósito de analisar e confirmar a causa das mortes. Para garantir a
rapidez da ação, a SES desenvolverá uma força-tarefa, com a contratação de
mais profissionais para reforçar a equipe e investigar o óbito de forma
oportuna. A Secretaria também orienta e supervisiona os municípios na realização das
visitas domiciliares semanais.

A SES distribuirá 75 mil testes rápidos aos municípios para a
detecção dos casos de dengue, zika e chikungunya. Também
serão distribuídos 178 mil frascos de repelentes para a prevenção da picada do
Aedes. Inicialmente, serão beneficiadas com o produto as pessoas cadastradas no programa Bolsa Família,
que oficialmente têm menor renda.

Medicamentos

Entre os medicamentos a serem repassados aos municípios estão
soro endovenoso, soro de reidratação oral, dipirona injetável e em comprimido,
utilizados no tratamento da dengue e outras doenças relacionadas ao Aedes.

A SES também irá orientar e incentivar os gestores municipais
a realizar ações de vigilância sanitária nos domicílios para a identificação
dos imóveis com reincidência de focos e adoção de medidas de punição.
Constatada a reincidência, o responsável pelo imóvel é notificado, a corrigir a
irregularidade. Caso a questão não seja resolvida, ele é intimado. Se o problema
persistir, é expedido um auto de infração e instaurado processo administrativo.

 Foto: Divulgação/SES-GO

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