Procon aponta variações de 200% nos preços de pescados em Goiânia

Durante a pesquisa, as maiores modificações nos valores foram a da caranha e do robalo. As apurações foram feitas em 13 estabelecimentos da capital, sendo sete supermercados e seis peixarias

Postado em: 13-03-2018 às 10h35
Por: Kamilla Lemes
Imagem Ilustrando a Notícia: Procon aponta variações de 200% nos preços de pescados em Goiânia
Durante a pesquisa, as maiores modificações nos valores foram a da caranha e do robalo. As apurações foram feitas em 13 estabelecimentos da capital, sendo sete supermercados e seis peixarias

Com o início da Semana
Santa, a procura por pescados tende a aumentar consideravelmente. Com intuito
de orientar os consumidores nessa época do ano, na hora de comprar esses
produtos, o Procon Goiânia divulga pesquisa de preços de pescados.

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A coleta de preços foi
realizada entre os dias 05 a 10 de março, com 15 tipos de peixes, de água doce
e salgada. A pesquisa foi feita em 13 estabelecimentos da capital, sendo sete
supermercados e seis peixarias.

Durante a Semana Santa, por
causa da tradição religiosa, o consumidor busca substituir a carne pelo
pescado, fazendo com que os preços acabem sofrendo reajuste nesta época do ano.

A pesquisa revela variações
percentuais entre produtos da mesma marca, oferecendo uma referência ao
consumidor através de preços médios obtidos da amostra pesquisada.

Segundo levantamento do
Procon Goiânia as maiores variações encontradas foram com a venda da caranha e
do robalo. Em alguns estabelecimentos, por exemplo, foi possível encontrar a
caranha sendo vendida a R$ 7,89 e em outros, a R$ 26,49 o quilo, uma diferença
de 235,74%.

Outra variação significativa
ocorre no preço do robalo, com valores entre R$ 26,90 a R$ 69,90 o quilo. A
variação no preço chega a atingir os 159,85%.

O levantamento apontou
também, os peixes com as menores diferenças de preços. O badejo, com variação
de 30,71%, pode ser encontrado de R$ 42,00 a R$54,90 o quilo. Já o linguado é
comercializado entre R$30,00 a R$40,69 o quilo – com variação de 35,63%.

O assessor jurídico do
gabinete do Procon Goiânia, Jorge Augusto, explica que os preços do pescado não
são tabelados e, por isso, é comum encontrar variações. Além disso, com a
aproximação da Semana Santa, época do ano em que a tradição religiosa estimula
o consumo de pescado, a tendência é de alta nos preços por conta da demanda
maior.  “Seguir a tradição pode custar
caro, por isso, pesquisas como essa são de suma importância, pois tem como
fundamento o direito básico do consumidor que é o acesso a informação”,
ressaltou.

O levantamento inclui ainda,
uma análise comparativa entre a pesquisa atual e a de 2017. Dentre os itens
comparados, o bacalhau Saith foi o que mais teve diferenciação de preço, sendo
que em 2017 o maior preço constatado foi de R$18,69 o quilo e em 2018 é
encontrado a R$39,90, tendo variação de 113,48%. Por outro lado, o tucunaré
teve redução no preço em até 49,14%, passando de R$ 58,00 em 2017, para R$
29,50 – menor preço verificado, em 2018.

Orientações do Procon
Goiânia

Antes de comprar os
pescados, o consumidor deve atentar-se para a qualidade dos alimentos
fornecidos e a data de validade dos produtos adquiridos.

As variações de preços
constatadas referem-se ao período em que foi realizada a coleta, os preços
atuais podem ser diferentes, estando sujeitos à alteração conforme a data da
compra, inclusive por ocasião de descontos especiais, ofertas e promoções. Além
disso, lojas da mesma rede podem praticar preços diferenciados.

“Pesquisar muito é o melhor
caminho para que o consumidor faça economia e tenha satisfação na compra dos
produtos. Marcas conhecidas nem sempre são sinônimos de melhor qualidade.
Busque o produto que te atenda conforme a sua necessidade e que esteja dentro
do seu orçamento” orienta o assessor jurídico do gabinete do Procon Goiânia,
Jorge Augusto.

Nesta quarta-feira, 14, o
assessor jurídico do gabinete do Procon Goiânia, Jorge Augusto, estará
disponível na sede do órgão, a partir das 8h30, para realizar balanço da
pesquisa. Segue em anexo a pesquisa de preços dos pescados.

(Foto: Reprodução)

 

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