Segue paralisação de caminhoneiros

A categoria é contra a alta no preço do diesel e cobra a criação do piso para o frete pago pelas empresas

Postado em: 22-05-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
Imagem Ilustrando a Notícia: Segue paralisação de caminhoneiros
A categoria é contra a alta no preço do diesel e cobra a criação do piso para o frete pago pelas empresas

Denise Soares

Mais de 300 caminhoneiros seguem protestos em Goiás. A paralisação da categoria começou ontem e resultou no fechamento de várias distribuidoras de combustíveis das empresas Ipiranga, Petrobrás e Shell em Goiânia e Senador Canedo, além do bloqueio de rodovias federais no sul e sudeste de Goiás e Entorno do Distrito Federal. A categoria é contra a alta no preço do diesel. Os profissionais também cobram a criação do piso para o frete pago pelas empresas. O ato é a nível nacional.

“Enquanto as nossas reivindicações não forem atendidas continuaremos protestando”, afirmou o presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Cargas de Goiás (Sinditac), Vantuir José Rodrigues. No início da noite de ontem o sindicato aguardava uma posição do Governo Federal. Até o fechamento desta edição não conseguimos retornos sobre este parecer.

Continua após a publicidade

Os protestos de hoje não têm uma previsão de término. Vantuir José adiantou que a meta é aumentar a adesão de caminhoneiros na paralisação, bem como a adequação das regras para atos em rodovias federais. Esta é a primeira vez que o sindicato ombreia um movimento como este. “Além do apoio dos colegas, já estamos providenciando os ofícios para encaminhar a Polícia Rodoviária Federal (PRF) para seguir com as manifestações nas rodovias federais que cortam o Estado”, explicou.

Reivindicações

Atualmente, o preço do serviço é definido pelas companhias que contratam os serviços dos caminhoneiros. De acordo com o presidente do Sinditac, 70% dos motoristas do Estado são autônomos. Por isso, a categoria requer a aprovação do Projeto de Lei 528/2015, que estabelece um valor mínimo a ser pago pelo frete. O PL teve a sua redação final aprovada na Câmara dos Deputados em 26 de setembro de 2017 e aguarda apreciação do Senado Federal.

“A gente quer uma tabela compensatória de, por exemplo, R$ 0,70 o km rodado por eixo, mais o excedente de peso”, disse o diretor financeiro do Sinditac, Jaci Alves. Além disso, os profissionais também reclamam do valor do óleo diesel. “A categoria está passando por dificuldades que, agora, com este aumento constante do óleo diesel, a categoria não resiste mais a trabalhar. 75% do frete hoje está indo tudo no petróleo”, disse o presidente do sindicato.

Balanço

Segundo a PRF, até o final da tarde de ontem 10 trechos de rodovias em Goiás estavam bloqueados por caminhoneiros. Entre eles: o Trevo de Caiapônia, BR 158, km 157, 50 manifestantes, fila de 4 km para cada lado; Itumbiara, BR 153, km 699, 40 manifestantes, fila de 3 km; Catalão, BR 050, km 278, 282 e 273 (três locais diferentes), 70 manifestantes; Trevo de Mineiros, BR 364, km 300, 20 manifestantes; Trevo de Jataí, BR 364, km 193, 100 manifestantes; Trevo de Bom Jesus de Goiás, BR 452, km 135, 50 manifestantes; Goiânia, BR 060, km 136, acabaram de fechara agora, PRF se deslocando; Goiânia, BR 153, km 494. Também foram registradas manifestações em Luziânia, Cristalina e Formosa, na circunscrição da PRF de Brasília.

Ato nacional

Os protestos nas rodovias integram ato nacional, anunciado sexta-feira (18) pela Associação Brasileira de Caminhoneiros (ABCam) e pela Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA). A convocação da ABCam foi feita como forma de cobrar medidas para reduzir o impacto do aumento do diesel, entre elas a isenção de tributos. Segundo o presidente do Sindtac, pelo menos 19 estados já aderiram ao movimento. 

Veja Também