Infestação do mosquito Aedes cai para 73% em Goiás em 2018

Em janeiro, foram registrados 15.117 imóveis com foco, para 1.348 em junho. “Houve uma redução de 91% desse número

Postado em: 19-06-2018 às 09h50
Por: Kamilla Lemes
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Em janeiro, foram registrados 15.117 imóveis com foco, para 1.348 em junho. “Houve uma redução de 91% desse número

A quantidade de criadouros do mosquito Aedes em residências goianas, de acordo com o levantamento da Operação Goiás Contra o Aedes, mostra que em Goiás houve uma diminuição de 1.04% em janeiro deste ano contra 0,28% em junho – ou seja, este mês, para cada mil casas visitadas, 10 tinham focos do mosquito; em junho, quase 3 casas para cada mil. Isso significa uma queda de 73% do número de depósitos de ovos do mosquito nos imóveis visitados em todo o Estado. Assim, o risco da transmissão da doença devido a diminuição do Aedes é menor.

Em janeiro, foram registrados 15.117 imóveis com foco, para 1.348 em junho. “Houve uma redução de 91% desse número. Entretanto, a população não deve se acomodar, porque a vigilância contra o mosquito tem de ser contínua”, diz o coordenador de dengue do Estado de Goiás, Murilo do Carmo Silva. Ele explica que a queda acentuada é consequência da ação intermitente de visitas domiciliares do projeto Goiás contra o Aedes e do período de seca. Antes de 2016, data de início do projeto, eram realizadas 8.557 milhões de visitas anuais e, depois da operação, esse número saltou para 22.380 milhões de visitas.

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O trabalho uniu as forças das 18 regionais de Saúde distribuídas no Estado com as 44 sedes da Defesa Civil do Corpo de Bombeiros. É importante ressaltar que nesta época do ano, por conta da estiagem, a população costuma acondicionar água de forma irregular, o que pode favorecer a proliferação do mosquito que transmite dengue, chikunguania, zika e febre amarela.

Goiás contra o Aedes

A operação deflagrada no início de 2016 permitiu que todos os imóveis de Goiás, cerca de 3 milhões, fossem visitados mais de sete vezes por ano, em parceria das prefeituras, dos agentes de Saúde, do Corpo de Bombeiros e de membros da sociedade civil. “Tem sido uma grande mobilização. Contudo, o trabalho árduo de todas essas equipes depende do retorno da sociedade, que não pode ficar de braços cruzados e deixar de tirar dez minutos por semana para olhar o quintal e verificar se na residência existe algum objeto que possa acumular água, pois um imóvel com foco pode comprometer a saúde de todo um bairro. Ainda que as visitas tenham sido feitas”, diz.

Dicas para ficar livres da proliferação do Aedes

As principais medidas para eliminar a formação de criadouros no período seco são:

– Manter as caixas-d’água bem fechadas;

– Lavar com água e sabão tonéis, galões ou depósitos de água e mantê-los bem fechados;

– Desentupir ralos e mantê-los fechados ou com telas;

– Tratar a água da piscina com cloro e limpá-la uma vez por semana;

– Retirar a água e lavar com sabão a bandeja externa da geladeira. 

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