Ex-dependentes ajudam na prevenção de queimadas

A iniciativa, que conta com 135 pessoas no total, visa prevenir queimadas durante período de seca em Aparecida

Postado em: 11-07-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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A iniciativa, que conta com 135 pessoas no total, visa prevenir queimadas durante período de seca em Aparecida

Raunner Vinícius Soares*


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Cerca de 50 ex-dependentes químicos do projeto Lapidando Tesouros fazem parte da prevenção de queimadas em Aparecida de Goiânia. A ação, que conta com 135 pessoas no total, visa prevenir queimadas durante período de seca na cidade. Além de trabalhar a conscientização da população, a força-tarefa está fazendo aceiros a 6 km da Serra das Areias, para evitar incêndios. 

A iniciativa é da Secretaria de Meio Ambiente do município em conjunto com o Corpo de Bombeiros, prefeitura municipal, Defesa Civil e associação de moradores.

De acordo com o tenente Thyago Rodrigues de Oliveira, do Corpo de Bombeiros, a ação na Serra da Areia baseia-se em fazer aceiros. “Consiste na retirada da vegetação em locais estratégicos visando a contenção de incêndios. O projeto ocorre mais ou menos há 3 anos e tem se mostrado bem eficiente, porque o último grande incêndio que aconteceu no parque foi em 2014, e a ajuda desses jovens (ex-dependentes químicos) do projeto Lapidando Tesouros é muito importante para a ação”, explica o tenente. 

Segundo o Corpo de Bombeiros, só no ano passado foram registrados 470 focos de incêndio em Aparecida de Goiânia. Grande parte deles foi nos nove bairros que ficam ao redor da Serra das Areias, a maior área de preservação da cidade. De acordo com o Thyago Rodrigues, a conscientização da população é o mais importante. “Batemos de porta em porta panfletando e conversando com os moradores do entorno do parque para que a população não coloque fogo nas proximidades, principalmente na época de seca”, pontua Thyago. 

Atualmente a área da Serra das Areias é monitorada 24h por câmeras de segurança. O local é responsável por proteger o Ribeirão Lajes, manancial que abastece 37 bairros e constantemente sofre incêndios na mata ciliar. O artigo 41 da Lei n. 9.605 /98 prevê a prática a título de dolo, ou seja, intenção de praticar o ato, ou culpa, que é quando não há intenção. Em se tratando de crime doloso aplica-se a pena prevista no preceito secundário do caput do dispositivo – a pena prevista é de 2 a 4 anos de reclusão. Na hipótese de crime culposo, a sanção trazida pelo parágrafo único – detenção de 6 meses a 1 ano e multa.


Incêndio em Goiás

O Corpo de Bombeiros de Goiás já registrou mais de 800  incêndios florestais no Estado até o mês de maio deste ano. O número é superior ao registrado no mesmo período em 2017 quando a corporação atendeu 660 ocorrências deste tipo. O mês de maio foi o mês mais crítico de 2018 registrado até agora. 

No entanto, a expectativa é de que o número cresça bastante quando forem lançados os dados referentes aos meses de junho, julho, agosto e setembro, que são marcados pela seca. Época em que mais acontecem incêndios no Estado. Só em maio deste, foram 552 ocorrências de incêndio. 543 delas foram em vegetação e nove aconteceram em culturas agrícolas. No mesmo período em 2017, foram 336 ocorrências, sendo 333 em vegetação e apenas três em culturas agrícolas. (Raunner Vinícius Soares é estagiário do jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian) 

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