Região da 44 receberá modificações estruturais em projeto

Dentre as mudanças constam a implantação de calçadões e pistas de rolamento para acesso a estacionamentos pagos

Postado em: 14-08-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Dentre as mudanças constam a implantação de calçadões e pistas de rolamento para acesso a estacionamentos pagos

Principal mudança seria em relação a algumas ruas de mão dupla que passariam a ter sentido único na região

Rafael Melo*

Um projeto da Secretaria Municipal de Trânsito, Transporte e Mobilidade (SMT) está sendo viabilizado para que sejam feitas mudanças estruturais nas imediações da 44, no setor Norte Ferroviário, em Goiânia. De acordo com o Órgão, o estudo pretende fechar algumas vias próximas à Rua 44 e facilitar o acesso à Marginal Botafogo. O planejamento também visa mudar o sentido da própria Rua 44, que deixaria de ser “mão dupla” para ter trânsito somente em direção à Avenida Independência. Já o oposto ocorreria com a Avenida Contorno que passaria funcionar apenas no sentido contrário. 

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A iniciativa conta com o apoio da Associação Empresarial da Região da 44 (AER 44) e tem o objetivo de aprimorar o fluxo de veículos diante da grande quantidade de clientes e vendedores ambulantes nas estreitas calçadas da região. A SMT informou que o projeto já foi elaborado e está em fase de discussão com os empresários da região.

Segundo o secretário da pasta, Fernando Santana, a intenção do planejamento é criar os calçadões que tende a melhorar a circulação de pedestres pelas vias, o que consequentemente melhoraria o tráfego de veículo e a dinâmica do trânsito. “Devemos ter hoje umas sete ou oito ruas que fazem essa interligação – entre a Rua 44 e a Avenida Contorno. Deveria haver um calçadão em umas três ou quatro ruas, as que estão mais centralizadas”, pontuou.     

Apesar disso, ainda não se sabe ao certo quando deve ocorrer a implantação dessa mudança. Mesmo sendo uma medida que visa melhorar o tráfego de pessoas e veículos, algumas pessoas acreditam que a proposta pode piorar o aspecto de mobilidade do local. Para o presidente da Associação Empresarial da região 44, Jairo Gomes, o principal objetivo é priorizar o pedestre e o turista de compra em detrimento dos veículos. “Atualmente, temos cerca de 13 mil lojas instaladas na região, o que traz fluxo de veículos não só de clientes mas também de funcionários e empresários”, esclarece. “Uma das propostas é proibir o estacionamento nas vias, criando pistas de rolamento para incentivar os motoristas a usar os estacionamentos pagos ou as vagas de uma distância mais propícia, como na Avenida Independência”, complementa.

Jairo também pontuou que na região existem muitas ruas que saem da 44 sentido à Marginal Botafogo, mas que não dão acesso à via porque não existem saídas disponíveis. A proposta também visa resolver este problema dando acesso à marginal para facilitar o fluxo dos veículos. “A ideia central é trazer mais segurança e comodidade, gerando mais dinamismo e conforto para os comerciantes e clientes que frequentam a região. A proposta é continuar movimentando o comércio e fomentando a economia do estado”, argumenta.

De acordo com o presidente da AER 44, o cronograma para a execução do projeto ainda não está definido, mas após as discussões finais a empreitada pode iniciar a qualquer momento. “A questão preocupante para a implantação são os transtornos que podem ser causados para adaptação em relação às mudanças, já há um aumento considerável do fluxo de clientes a partir de setembro. Temos uma perspectiva de aumento das vendas girando em torno de 12 a 15% em comparação ao ano passado. No entanto, a intenção é firmar uma parceria com a SMT para que a AER 44 também colabore com parte dos recursos financeiros que serão usados”, finaliza Jairo Gomes. Caso as mudanças não iniciem neste ano, elas então devem ser realizadas em janeiro de 2019.

Centro comercial

Considerada como o segundo maior polo de moda do Brasil – ficando atrás apenas da região do Brás, em São Paulo, a região da 44 recebe por dia entre 60 mil e 70 mil pessoas. De acordo com o Sindicato do Comércio Varejista no Estado de Goiás (Sindilojas), cerca de 33% do público vem a Goiânia de ônibus, 33% vem de transporte aéreo e o restante de veículo próprio. Os compradores vêm de todas as regiões do país e de outros países da América do Sul como Uruguai, Paraguai, Bolívia e Argentina. 

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