Polícia Civil fecha fábrica clandestina de massas de pizza e pastel em Goiânia

Segundo o delegado responsável pelo caso, Rodrigo Godinho, a empresa Big Massas possuía o Cadastro Geral de Contribuintes (CGC), mas não funcionava de acordo com os padrões da vigilância sanitária

Postado em: 10-01-2019 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Segundo o delegado responsável pelo caso, Rodrigo Godinho, a empresa Big Massas possuía o Cadastro Geral de Contribuintes (CGC), mas não funcionava de acordo com os padrões da vigilância sanitária

A Polícia Civil interditou uma fábrica clandestina de massas de pizza e pastel no Setor Santos Dumont, em Goiânia. Por meio de uma denúncia anônima, a Delegacia Estadual de Defesa do Consumidor (Decon) e agentes da Vigilância Sanitária Municipal localizaram e apreenderam cerca de 1.270 quilos de alimentos estragados, e grande parte dessa matéria-prima estava mofada. 

Segundo o delegado responsável pelo caso, Rodrigo Godinho, a empresa Big Massas possuía o Cadastro Geral de Contribuintes (CGC), mas não funcionava de acordo com os padrões da vigilância sanitária. “Primeiro que eles não possuíam Alvará da Vigilância Sanitária, até porque nunca foram fiscalizados. Eles também jamais funcionaram em um local determinado, e, em dez anos de existência mudaram quatro vezes, sendo que o endereço que aparece no registro jamais foi ocupado por eles”, afirmou.

De acordo o delegado, na área de produção teria carros e motos estacionados, além da presença de pássaros e insetos que contaminavam o ambiente. Até a água utilizada na produção não seria devidamente tratada. “Constatamos, também, que a água usada na fabricação das massas vinha da torneira, ou seja, nem filtrada era”, concluiu.

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No local ainda foram encontrados produtos e máquinas de produção totalmente impróprios. Para os agentes da Vigilância Sanitária, o galpão não possuía estrutura adequada para a produção das massas, além de oferecer riscos de contaminação.

Investigação

Foi instaurado um inquérito policial para apurar crimes contra a relação de consumo. O dono da empresa, se apresentou logo após a operação, foi ouvido na delegacia e liberado, mas vai responder por crimes contra as relações de consumo. 

Segundo o delegado, ele também será investigado por sonegação, pois quando era solicitado a nota fiscal, ele encaminhava um documento semelhante por email.

Os produtos apreendidos na fábrica foram levados para o aterro sanitário de Goiânia e descartados. O que chamou a atenção da polícia foi que meia tonelada dos produtos apreendidos foram encontrados no porta-malas do carro do proprietário e, mesmo com grande parte deles mofados, seriam distribuídos para clientes em Rio Verde, Senador Canedo, Aparecida de Goiânia, Trindade, Jataí, e Goiânia. (Higor Santana é estagiário do jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian) 

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