ANA finalizará Plano de Segurança Hídrica em abril

O documento conterá indicações sobre os investimentos necessários no setor, de forma a minorar problemas como os da seca

Postado em: 19-03-2019 às 17h25
Por: Suzana Ferreira Meira
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O documento conterá indicações sobre os investimentos necessários no setor, de forma a minorar problemas como os da seca

A Agência Nacional de Águas (ANA) iniciou hoje (19) uma série
de eventos comemorativos ao Dia Mundial da Água, 22 de março. A abertura dos
eventos contou com a participação de técnicos e autoridades, em um painel
dedicado a debater os seis anos da crise hídrica que o Brasil enfrenta.

Segundo a ANA, os painéis contribuirão para a finalização
do Plano de Segurança Hídrica, prevista para abril. O plano conterá indicações
sobre os investimentos necessários no setor, de forma a minorar problemas como
os da seca, no Nordeste, e das cheias como as do Rio Madeira, na Região Norte.

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“O
crescimento econômico passa pela disponibilidade da água em termos quantitativo
e qualitativo”, disse a presidente da ANA, Christianne Dias, ao destacar ações
como a transposição do Rio São Francisco; a expectativa de consolidação das
ações da agência no saneamento básico; e o fortalecimento do plano em
elaboração.

O
presidente interino da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco
e do Parnaíba (Codevasf), Marco Aurélio Diniz, ressaltou que a escassez hídrica
que vem ocorrendo na bacia do Rio São Francisco “é um processo preocupante por
afetar todos os segmentos sociais” – o que abrange mais de 500 municípios.
“Falamos de mais de 14 milhões de pessoas”, completou Diniz.

De
acordo com Marcelo Cruz, diretor da ANA, o país terá melhores condições de
avaliar suas ações no setor a partir de um estudo que será divulgado
sexta-feira (22). “Poderemos calcular todos os indicadores [relativos ao setor
hídrico] dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) porque adotamos a
melhor base de dados possível, com abordagens críticas e sugestões de
aprimoramento relacionadas a esses objetivos no Brasil.”

Outro
integrante da diretoria da ANA, Ney Maranhão destaicou que os últimos seis anos
foram marcados por “um conjunto de situações hídricas extremas” que
demonstraram incapacidades no sentido de dar respostas efetivas a ameaças. “E
crises, quando não resolvidas, podem resultar em acidentes ou desastres”, disse
Maranhão, ao adotar como exemplo o rompimento das barragens que resultaram na
morte dos rios Doce e Paraopeba. (Agência
Brasil
)

 

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