Quinta-feira, 28 de março de 2024

Produtores rurais deverão fazer irrigação à noite

Vazão média dos últimos três dias caiu a 2.840 litros por segundo no ponto de captação de água para abastecimento. Para definir o nível, monitoramento deve ser de sete dias. Foto: Pixabay

Postado em: 13-08-2019 às 09h00
Por: Aline Carleto
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Vazão média dos últimos três dias caiu a 2.840 litros por segundo no ponto de captação de água para abastecimento. Para definir o nível, monitoramento deve ser de sete dias. Foto: Pixabay

Aline Bouhid

Diante da baixa vazão do Rio Meia Ponte, a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD) adiantou para o O Hoje online que será publicada portaria para que produtores rurais façam irrigação das lavouras no período noturno. Desde 30 de julho, a vazão do Rio Meia Ponte está em nível crítico 1. De acordo com reportagem do Jornal O Popular, nos últimos três dias a vazão foi inferior a 3.000 litros por segundo, o que colocaria a vazão do rio em nível crítico 2. 

Quando se atinge o nível crítico 2, medidas mais drásticas devem ser tomadas para a gestão dos recursos hídricos, podendo inclusive reduzir a outorgas de uso da água em 50% para agricultores, por exemplo. Medidas de racionamento de água serão implementadas se a vazão atingir o nível crítico 3, de escoamento menor ou igual a 2,8 mil litros por segundo. Desde o início deste mês, também se discute a possibilidade de implantação de rodízio de abastecimento entre as regiões. 

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Em julho, a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD) já tinha autorizado a SANEAGO a captar 2000 L/s, reduzindo-se a quantidade de água que deve ser deixada no Rio após o ponto de captação. A Saneago informou que adutora de interligação entre as Estações de Tratamento de água (ETA’s) Mauro Borges e Meia Ponte, com 12,2 quilômetros, começou a ser utilizada na semana passada devido à redução na vazão do rio. De acordo com a empresa, é uma garantia para que o fornecimento aos bairros atendidos pelo sistema Meia Ponte não seja afetado.

O superintendente de Recursos Hídricos e Saneamento da Semad, Marcos Meniegaz, explica que a vazão deste ano está superior ao mesmo período do ano passado. “Apesar do menor volume de chuvas, a vazão deste ano 100-200 litros/segundo maior que em 2018”, afirmou. Marcos listou ainda as estratégias da Semad, que incluem uso drones para monitorar as lavouras que estejam sendo irrigadas fora do horário estabelecido.

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