Médicos dos EUA pedem dados de remdesivir para orientar tratamento

Aprovação do uso emergencial do antiviral nos EUA baseou-se em resultado preliminar de teste clínico, que mostrou que o medicamento reduziu o número de diárias hospitalares em 31%| Foto: Reprodução/ Lindsey Wasson/ Reuters

Postado em: 22-05-2020 às 07h45
Por: Redação
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Aprovação do uso emergencial do antiviral nos EUA baseou-se em resultado preliminar de teste clínico, que mostrou que o medicamento reduziu o número de diárias hospitalares em 31%| Foto: Reprodução/ Lindsey Wasson/ Reuters

Médicos dos Estados Unidos (EUA) e outros membros da comunidade científica estão pedindo a publicação dos dados que convenceram os reguladores da área da saúde do país a autorizar o uso emergencial do medicamento antiviral remdesivir, da Gilead Sciences, para tratar a covid-19, para assim direcionar os recursos limitados às pessoas certas.

O diretor executivo da Vanda Pharmaceuticals, Mihael Polymeropoulos, publicou na quarta-feira (20) carta aberta pedindo o download completo das conclusões dos testes que levaram à autorização emergencial do uso, concedida pela Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês).

“E se o medicamento for mais indicado para pessoas no início do ciclo infeccioso? Se estivermos administrando a pessoas com doença grave – seja por compaixão natural – podemos estar desperdiçando o remédio”, disse o CEO à Reuters.

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Ele disse que a Vanda, que está desenvolvendo um medicamento anti-inflamatório para a covid-19, busca utilizar seu expertise.

O uso emergencial do remdesivir, aprovado pela FDA no dia 1º de maio, é baseado em resultados preliminares de um teste clínico do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos EUA (Niaid), que mostrou que o medicamento reduziu o número de diárias hospitalares em 31%, ou cerca de quatro dias, comparado com um placebo. 

Nenhum outro detalhe do teste, feito com 1.063 pacientes, foi publicado. O instituto disse, por email, que um relatório sobre os testes seria publicado em algumas semanas. A Gilead não informou quando. (Agência Brasil) 

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