Fiocruz: há melhora na disponibilidade de leitos de UTI para Covid-19

Estados como Goiás, Tocantins, Santa Catarina, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Distrito Federal continuam em situação de alerta máximo | Foto: Reprodução.

Postado em: 14-08-2020 às 18h30
Por: Nielton Soares
Imagem Ilustrando a Notícia: Fiocruz: há melhora na disponibilidade de leitos de UTI para Covid-19
Estados como Goiás, Tocantins, Santa Catarina, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Distrito Federal continuam em situação de alerta máximo | Foto: Reprodução.

O novo Boletim Observatório
Covid-19, divulgado nesta sexta-feira (14) pela Fundação Oswaldo Cruz
(Fiocruz), registrou melhoria na disponibilidade de leitos de UTI para
tratamento de pacientes com a Covid-19 no país como um todo. Apesar disso,
alguns estados ainda se encontram em situação de alerta máximo. É o caso de
Tocantins, de Santa Catarina, de Goiás e do Distrito Federal. Mato Grosso e Rio
Grande do Sul também mostram níveis considerados preocupantes em relação às
suas taxas de ocupação.

Divulgado quinzenalmente
pela Fiocruz, o boletim traça um panorama das duas últimas semanas
epidemiológicas. O estudo divulgado nesta sexta-feira se refere às semanas
compreendidas entre os dias 26 de julho e 1º de agosto e entre 2 e 8 de agosto.

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O coordenador do Programa de
Computação Científica da Fiocruz e um dos responsáveis pela elaboração do
boletim, Daniel Villela, disse que foi observada estabilidade em vários
estados, mas essa estabilidade está em um nível alto que preocupa ainda, tanto
em casos da Covid-19, como dos casos mais graves de transmissão respiratória,
que exigem hospitalização.

Na questão de leitos,
Villela disse que alguns estados mostram uma taxa de ocupação bastante alta.
“Você não teria uma folga em número de leitos livres em hospitais se o número
de casos aumentar, para você poder absorver a situação”, disse o pesquisador.

Níveis críticos

Em relação ao número de
casos e de óbitos, o estudo aponta que a maior parte dos estados brasileiros
manteve a pandemia em níveis ainda críticos nas duas últimas semanas
epidemiológicas. Foi identificada leve tendência de queda no número de casos e
óbitos por Covid-19 em Rondônia, em Sergipe e no Rio de Janeiro. “É
estabilidade, mas ainda está em um patamar alto”, disse Villela.

Nas regiões Sul,
especificamente no Paraná e em Santa Catarina, e Centro-Oeste (Mato Grosso do
Sul), a tendência foi de aumento de casos e de mortes em relação às duas
semanas anteriores. “É o que [o boletim] está apontando”.

Outro dado que preocupa, de
acordo com o pesquisador, é a elevada taxa de letalidade registrada no Rio de
Janeiro e em Pernambuco, o que pode sinalizar uma deficiência na realização de
testagens, bem como gravidade dos casos da doença gerada pelo novo Coronavírus.
Villela explicou que a letalidade é uma conta que cobre o número de óbitos em
relação ao número de casos. Para isso, ele sublinhou ser importante “de fato”
aumentar a testagem para a confirmação dos casos, porque, se tiver uma baixa
testagem, o denominador vai apontar um número subestimado que, por sua vez,
pode subestimar a letalidade. (Agência Brasil)

 

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