Pesquisa aponta profissões em alta com ganhos de até R$ 60 mil

Tecnologia da informação, marketing digital e especialistas em logística puxam contratações | Foto: Pexels

Postado em: 27-01-2021 às 10h40
Por: Nielton Soares
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Tecnologia da informação, marketing digital e especialistas em logística puxam contratações | Foto: Pexels

Nielton Soares

Uma pesquisa da multinacional Robert Walters, especializada em seleção e recrutamento de candidatos, realizada no Brasil, apontou as principais profissões que seguem em alta neste ano. Já os salários variam entre R$ 10 mil a R$ 60 mil por mês, no caso, por exemplo, de um diretor de logística ou diretor financeiro. Porém, o que depende é o tempo de experiência nessas funções.

Esse levantamento foi feito em 96 cargos de áreas específicas. O diretor-geral da multinacional no Brasil, Leonardo Souza, detalhou sobre as tendências para o mercado de trabalho. Além disso, dá dicas de qualificação e profissões que estão perdendo espaço.

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Segundo ele, a aposta deste ano será o home office, consolidado como modelo híbrido, em que as empresas vão adaptar dias e horários específicos para ter profissionais presencialmente na sede ou a partir de casa ou qualquer outro local. Para o executivo, a parcela de tempo que um trabalhador ficará remotamente dependerá da função dele.

Porém, Leonardo ressalta algumas questões que devem ser levados em conta pelos funcionários e gestores. Isso porque, o trabalho home office é visto como uma desconexão de aspectos intangíveis no espaço corporativo. Dentre os quais, o entendimento da cultura da empresa, como trabalho em equipe e busca do espírito de time.

A pesquisa indicou ainda outra tendência de mercado, que deve ser fortalecida durante a pandemia do novo Coronavírus: as negociações via internet. Conforme o estudo, essa mudança criou uma demanda por profissionais capazes de gerir estoques e controlar toda a cadeia necessária para levar o produto ou serviço até o cliente, apenas por contato via redes sociais, por exemplo.

TI em alta

Há tempos o mercado está aquecido para o setor de tecnologia da informação (TI). E com a crise sanitária, a procura por essa mão de obra especializada só tem crescido. Com as medidas de isolamento social houve a intensificação da necessidade de digitalizar diversos processos do cotidiano das organizações, e assim acelerou mais a busca por profissional capaz de dar conta dessa tarefa.

Para selecionar e captar bons profissionais muitas companhias, que buscam liderar no mercado, também estão investindo bastante em boas equipes de Recursos Humanas, com capacidades para atrair bons profissionais para o time.

O levantamento mostra a consolidação da transformação digital das empresas. Porém, de acordo com Leonardo, a verdadeira transformação digital tem a ver com a própria organização e da cultura da empresa, que necessita gerenciar o capital humano, para se destacar no mercado.

Trabalhos automatizados

Por outro lado, há a preocupação com a substituição de mão de obra, provocada pela automatização de funções. Isto é, pelo uso de robôs ou máquina que fazem o trabalho humano com mais eficiência e rapidez. Algo já muito presente no Brasil. Leonardo cita como exemplo a interação de clientes com robôs nos canais de atendimento das empresas. Experiências do dia a dia, como se do outro lado houvesse um humano. Se por um lado, a tendência gera empregos qualificados, na maioria ligados à área de tecnologia, por outro lado, causa extinção de vagas para funcionários de telemarketing.

O diretor-geral da multinacional alerta para que as pessoas estejam sempre muito bem atualizadas para ter oportunidade nas melhores vagas que surjam. A novidade é que as empresas estão aos poucos abrindo mão da qualificação formal, ou seja, os cargos com diploma em instituição de ensino, principalmente para funções que se utilizam ferramentas tecnológicas.

“Esses profissionais podem vir com uma bagagem ortodoxa, mas muitas vezes são autodidatas”, frisa, Leonardo, acrescentando que a tendência é que os recrutadores levem em conta a qualificação que os candidatos adquiriram pela própria iniciativa, ficando de lado o diploma. (Especial para O Hoje)

 

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