O jeans também bate ponto

Na hora do trabalho, especialistas mostram que é possível causar uma boa impressão mesmo usando o bom e velho jeans

Postado em: 25-02-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Na hora do trabalho, especialistas mostram que é possível causar uma boa impressão mesmo usando o bom e velho jeans

Luciana Rolim/Especial para O Hoje

O dress code corporativo varia de setor para setor e de empresa para empresa, mas a grande maioria deles exige que seus colaboradores se vistam com discrição e elegância. Porém, hoje em dia, elegância não é mais sinônimo apenas de terno, calça social ou tailleur. Para os amantes do jeans, a boa notícia é que, graças às suas diversas variações de modelos e tipos de lavagens, ele tem sido não só aceito como inserido em muitos códigos de vestimenta, chegando a ganhar o status de peça social. 

Em Goiânia, os códigos de vestimenta são mais flexíveis e práticos do que no eixo Rio/São Paulo e no Distrito Federal, segundo a diretora de gestão de pessoas da Lure Consultoria Corporativa, Patrícia Faria, que em seu dia a dia costuma desenvolver esses códigos para diversas empresas, inclusive multinacionais. “Salvo alguns setores, como imobiliário e de advocacia, os demais adotam regras menos rígidas”, explica Faria. 

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Ela conta que o jeans tem se tornado peça-chave nas empresas pela praticidade e pelo conforto. Em algumas, ele já faz parte do uniforme; em outras veste, até os altos escalões. “Ele se tornou uma peça social. Mesmo presidentes e diretores de empresas usam o jeans, no dia a dia, combinado com uma camisa ou um terno. Era o que marcava o estilo do Steve Jobs, criador da Apple. Vejo com muito bons olhos; fica moderno sem perder a elegância”. 

Isso explica os resultados de uma pesquisa realizada pelo Ibope em todo o País sobre o comportamento do brasileiro em relação ao jeans, em que ficou comprovado que Goiânia é, disparada, a capital onde se usa o jeans com mais frequência (76%), seguida de Brasília (59%) e Curitiba (58%). 

A pesquisa ouviu 1.000 consumidores brasileiros, em dez capitais, incluindo Goiânia, e mostrou também que a ocasião predominante de uso de jeans é para o trabalho (54%), seguida de lazer (46%). Dentre os atributos que as peças jeans oferecem, o conforto tem destaque tanto para passear (51%) quanto para trabalhar (49%). Na avaliação dos entrevistados, o segundo benefício mais importante para ocasiões de trabalho é a praticidade (21%), e, para passear, é o caimento no corpo (19%). 

Para o estilista Emannoel Moraes, da marca goiana Jean Darrot, as diversas técnicas e processos existentes hoje em dia permitem a fabricação de muitas variações do jeans, fazendo com que ele se encaixe em diversos cenários e se torne uma peça coringa no guarda-roupa. “Basta saber escolher o que se adequa melhor à sua profissão. Até quem é apaixonado pelo jeans ‘destruidinho’, uma tendência mundial, não precisa abrir mão dele na hora de trabalhar. Temos as versões com lavagens mais escuras e apenas alguns pequenos pontos de desgaste que dão um ar mais moderninho e ao mesmo tempo sofisticado”, considera Moraes. 

Já os modelos mais ousados (com rasgos, manchas e grandes pontos de envelhecimento), como explica o estilista, são bem-vindos em ambientes como os escritórios de arquitetura, agências de publicidade, marketing, jornalismo e moda, que pedem algo mais despojado. “E, para não ficar desleixado, o segredo está em combinar o jeans com peças, como o blazer, de preferência em cores mais sóbrias; o salto alto, no caso das mulheres, e camisas sociais. Se for para escolher uma camisa estampada, que seja com cores claras e estampas miudinhas”.

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