Fica 2017 levanta discussão sobre internacionalização da produção audiovisual

O debate, realizado no Cineteatro São Joaquim, foi mediado pela roteirista e representante da GoFilmes, Kelly Alves.

Postado em: 23-06-2017 às 13h30
Por: Toni Nascimento
Imagem Ilustrando a Notícia: Fica 2017 levanta discussão sobre internacionalização da produção audiovisual
O debate, realizado no Cineteatro São Joaquim, foi mediado pela roteirista e representante da GoFilmes, Kelly Alves.

Com o objetivo de discutir estratégias para a
internacionalização da produção audiovisual, a segunda mesa de discussão do
Fórum de Cinema do Fica 2017 reuniu o manager director da empresa
norte-americana Entertainment 360 (E360), Andrea Corbella, a curadora do
RioContentMarket, Carla Esmeralda, e a produtora e advogada, Angelisa Stein,
nesta quinta-feira, dia 22. O debate, realizado no Cineteatro São Joaquim, foi
mediado pela roteirista e representante da Associação das Produtoras
Independentes de Cinema e TV do Estado de Goiás (GoFilmes),
Kelly Alves. 

Ao analisar o cenário brasileiro, Carla Esmeralda iniciou
sua fala pontuando que o setor audiovisual cresceu significativamente nos
últimos anos, no entanto, destacou que o país ainda é anônimo no mercado
internacional. “Há muitos anos o produtor está cercado em si mesmo e preso a
limitações. Há um processo de ‘ensimesmação’ que precisa ser superado”,
explicou a curadora do RioContentMarket. “Estamos precisando exercitar nossa
comunicabilidade melhor”, concluiu.

Continua após a publicidade

Segundo a convidada, há poucos nomes do audiovisual
brasileiro se destacando no mercado internacional, o que não significa que não
há caminhos para esse processo de internacionalização. Um exemplo apresentado
por Carla Esmeralda durante a discussão é 3%, primeira série brasileira
produzida pela Netflix. “Com essa produção conseguimos colocar a nossa língua
no cenário mundial, o que é muito bom para o setor no Brasil”, disse Carla
enfatizando o sucesso da série e lembrando que a segunda temporada já foi
encomendada.

A produtora Angelisa Stein trouxe para o debate a
coprodução, como um caminho viável para a internacionalização dos produtos
audiovisuais brasileiros. Ela explicou que as políticas públicas recentes têm
estimulado o interesse de produtores em se unir para o desenvolvimento de novos
trabalhos. Atualmente, há acordos bilaterais que favorecem a produção conjunta
de produtores de diferentes países e há editais que disponibilizam recursos
para esses novos filmes ou vídeos. Canadá, Venezuela, Chile, Argentina,
Alemanha, Itália e Espanha são exemplos de países que possuem acordos com o
Brasil.

O público participante do fórum também teve ainda a
oportunidade de ouvir as contribuições de Andrea Corbella sobre o cenário
internacional, trocar experiências entre si e tirar dúvidas sobre o processo de
internacionalização e coprodução com os integrantes da mesa de discussão.

(Goiás Agora) 

Veja Também