Especialistas em políticas públicas discutem preservação ambiental no Fica 2017

O segundo dia de debates do Fórum Ambiental do Fica 2017 na quinta-feira, dia 22, teve como tema os problemas de propriedade de terra e políticas específicas para o trabalhador do campo

Postado em: 23-06-2017 às 13h45
Por: Toni Nascimento
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O segundo dia de debates do Fórum Ambiental do Fica 2017 na quinta-feira, dia 22, teve como tema os problemas de propriedade de terra e políticas específicas para o trabalhador do campo

Mediado pelo professor da Universidade Estadual de Goiás,
Uelinton Rodrigues Barbosa, o segundo dia de debates do Fórum Ambiental do Fica
2017 na quinta-feira, dia 22, teve como tema os problemas de propriedade de
terra e políticas específicas para o trabalhador do campo.  Participaram desta segunda rodada de
discussão, o professor da UFABC, Ricardo Moretti, especialista em Engenharia
Civil, a assistente social e mestranda da Faculdade Vale do Jaguaribe, Caroline
Lima e Fernando Costa Campos do Coletivo Amigos da Terra – Brasil.

Com o tema de Cidades Sustentáveis – Os Desafios do Século
XXI, o Fórum Ambiental está sendo realizado no Convento do Rosário em um espaço
repleto de artesanatos, objetos e produtos oriundos de coletivos sociais e
quilombolas.

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O professor Ricardo Moretti inicou sua palestra expondo a
precariedade das políticas urbanas e a recente legislação sobre propriedade
privada – desbancando a ideia de que as terras teriam donos desde as capitanias
hereditárias. Para Moretti, é uma falácia dizer que o Brasil é em sua maioria
urbano, “o Brasil é rural. A grande maioria do país tem municípios com menos de
20 mil habitantes”. Para atestar essa afirmação, Moretti apresentou um mapa do
Brasil em que mostrava as áreas em que não havia concentração de
habitantes.  Para concluir, Moretti
afirmou que o consumo atual do Brasil e do mundo está desenfreado e que isso
evidentemente causa consequências ecológicas. “Hoje, o consumo ultrapassa a
capacidade de reposição natural”, finaliza.

Fernando Costa Campos foi o segundo palestrante do dia. Em
sua exposição, ele exemplificou casos de especulação imobiliária e a ausência
de políticas urbanas em que se protegeria trabalhadores do campo – e pessoas
que vivem às margens. O que se relacionou com a última palestrante do dia,
Caroline Lima, que relatou as  vivências
e desafios das ocupações no interior do Ceará. Caroline mostrou que a
especulação imobiliária distanciava e dificultava a integração de povos rurais
com a cidade.

Após as palestras, foi aberto para o público perguntas, com
pauta nas discussão sobre a urbanização do país e a falta de políticas urbanas
que tornaram cidades indomáveis. “O Brasil é pensado metropolitano, mas em sua
maioria é muito agrário. Cria-se espaços indomáveis pelo Estado e
consequentemente o aumento da violência”, discorreu o mediador, professor
Uelinton Rodrigues Barbosa.

Nesta sexta-feira, dia 23, o Fórum Ambiental recebe
especialistas para discutir os grandes empreendimentos e o impacto que causam
na cidade e no campo. Participam do debate, Moema Miranda do Instituto
Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas, Joka Madruga, fotógrafo, e
Fernando Cabaleiro, do Naturaleza de Derechos, organização não governamental em
defesa dos direitos ambientais.

(Goiás Agora) 

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