Ancine divulga estudo sobre perfil do emprego no setor audiovisual

Ministério do Trabalho do ano-base 2015, a pesquisa teve por objetivo mapear o perfil do emprego no setor audiovisual entre 2007 e 2015

Postado em: 26-06-2017 às 06h30
Por: Sheyla Sousa
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Ministério do Trabalho do ano-base 2015, a pesquisa teve por objetivo mapear o perfil do emprego no setor audiovisual entre 2007 e 2015

A Agência Nacional do Cinema (Ancine), entidade vinculada ao Ministério da Cultura (MinC), divulgou o estudo Emprego no Setor Audiovisual. Elaborado a partir dos dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e do Registro Administrativo do Ministério do Trabalho do ano-base 2015, a pesquisa teve por objetivo mapear o perfil do emprego no setor audiovisual entre 2007 e 2015. O número de empregos do setor, remuneração média, escolaridade, gênero e distribuição geográfica dos trabalhadores são alguns dos dados divulgados pela pesquisa, que será realizada anualmente.

De acordo com a Ancine, durante o período analisado, o segmento audiovisual com maiores níveis de geração de empregos foi a TV aberta, que apresentou um comportamento majoritariamente crescente, totalizando, em 2015, 54% de todos os empregos gerados pelo setor, com 51.721 vagas. Já a distribuição foi a atividade que menos gerou vínculos empregatícios de 2007 a 2015, registrando, em 2015, apenas 897 vagas, o que corresponde a apenas 1% de participação no total gerado pelo setor audiovisual.

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As atividades econômicas que mais cresceram em número de empregos gerados foram as de produção e pós-produção audiovisual e a de exibição cinematográfica. O número de postos de trabalho gerados pelas empresas de produção e pós-produção audiovisual mais que dobrou, passando de 5.358 empregos gerados em 2007 para 11.252 em 2015. Já as empresas exibidoras tiveram no mesmo período um aumento de 69% no volume de empregos gerados, passando de 8.445 para 14.297.

Com relação à qualificação da mão de obra, o nível médio (completo ou incompleto) de escolaridade é maioria no setor, com 51% do total em 2015. No entanto, esse percentual sofreu queda de cinco pontos nos dois últimos dois anos da pesquisa (era de 56% em 2013). Já a participação de trabalhadores com nível superior (completo ou incompleto) cresceu 9 pontos percentuais de 2007 a 2015, atingindo 42% da participação total. Também houve crescimento na participação dos trabalhadores com mestrado ou doutorado, que passaram de 0,13% em 2007 para 0,45% em 2015. Os acréscimos demonstram uma tendência de aumento no nível de escolaridade da mão de obra.

Gênero e remuneração

A participação de homens e mulheres no setor audiovisual também foi considerada pelo estudo. A predominância masculina (60%) se manteve praticamente inalterada entre 2007 e 2015, registrando apenas um ponto percentual de quada em 2009 e 2014, mesmo momento em que a participação feminina registrou o único ponto de crescimento, alcançando o ápice de 41%. De acordo com o estudo, as atividades de TV aberta agruparam 67% de trabalhadores do sexo masculino, e nas operadoras e programadoras de TV paga, esse percentual chega a 62%. Os segmentos de Exibição Cinematográfica e Aluguel de DVDs registraram maioria feminina, com 59% e 58%, respectivamente.

A faixa etária do setor se manteve dois anos mais jovem do que a média de todos os setores da economia brasileira como um todo. De 2007 para 2014 aumentou em 2,2 anos, passando de 32,8 anos para 35. 

O salário médio mensal, em 2015, considerando todas as atividades econômicas do setor audiovisual, foi de R$ 3.650, valor 49% maior do que a média da economia brasileira. O setor de distribuição, que representa apenas 1% do setor, registrou os maiores salários médios mensais (R$ 7.405,00), seguido pelas Programadoras de TV Paga (R$ 6.053) e TV Aberta (R$ 5.309). Em 2015, os homens receberam, em média, R$ 3.526, enquanto as mulheres, R$ 3.051,00, o que representa uma diferença de 13%.

Em todos os anos de 2007 a 2015 a região Sudeste concentrou mais de 60%  dos empregos do setor audiovisual. Entretanto, esse percentual caiu nos últimos anos, passando de 64% em 2007 para 61% em 2015. Após oscilação nos anos anteriores, a região Nordeste registrou, em 2015, a segunda maior participação (14%), seguida das regiões Sul (12%), Centro-Oeste (7%) e Norte (6%). 

(Ascom/MinC) 

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