“Uma lente de aumento nos bastidores da carreira artística”

Fernanda Souza relembra personagens de sucesso em ‘Meu Passado Não Me Condena’

Postado em: 14-04-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Fernanda Souza relembra personagens de sucesso em ‘Meu Passado Não Me Condena’

GABRIELLA STARNECK*

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O espetáculo Meu Passado Não Me Condena, com a atriz Fernanda Souza, será apresentado neste sábado (15), em duas sessões, no Teatro Rio Vermelho. A peça, que já é sucesso de público há quatro anos, já foi apresentada ontem , em Anápolis, e promete envolver o público da Capital, de todas as idades, com humor e emoção. São setenta e cinco minutos de pura diversão. 

Se você gostaria de saber tudo sobre a vida de um artista – como iniciou a carreira, vida pessoal, personagens, como são feitas as cenas e como funciona o roteiro de uma gravação, perrengues, fama, relação com a mídia, amigos, viagens e namoro – uma boa alternativa é assistir Meu Passado Não Me Condena, porque são essas questões que Fernandinha aborda no espetáculo. “Na verdade, é uma lente de aumento nos bastidores da carreira artística como um todo”, afirma a atriz ao Essência. 

Escrito por Fernanda Souza em parceria com o produtor Léo Fuchs e direção Pedro Vasconcelos, Meu Passado Não Me Condena é para todas as idades, onde muito humor e emoção se misturam e encantam a todos que assistem. Segundo Fernanda, a proposta do espetáculo “é aproximar o público do artista como um todo, mostrar para eles que no fundo todo mundo é igual: passa por problemas, vive momentos de alegrias e que todas as coisas que um artista passa, muitas pessoas já passaram também durante a vida”.

Numa espécie de stand-up moderno, Fernanda Souza relembra personagens de sucesso que interpretou ao longo de sua carreira, como Mili, de Chiquititas; Mirna, de Alma Gêmea; Carola, de O Profeta; Isadora, de Toma Lá Dá Cá, dentre outros. A atriz traz à tona essas personalidades que marcaram os seus vinte e cinco anos de carreira, usando a plateia como se estivesse num confessionário.

Fernanda Souza

A atriz, nascida no dia 18 de julho de 1984, em São Paulo, começou sua carreira na televisão ainda muito jovem. Quando criança, Fernanda fez alguns comerciais e pequenas participações na televisão – onde chamou a atenção, sendo escalada para apresentar o programa X-Tudo, na TV Cultura. Mas a atriz realmente ganhou destaque no SBT, ao ser conhecida nacionalmente por interpretar a protagonista Mili, na telenovela infanto-juvenil Chiquititas. Posteriormente Fernanda viria a interpretar outros personagens de sucesso, como a caipira Mirna, em Alma Gêmea, e a gordinha cômica Carola, em O Profeta.

Além das diversas atuações como atriz, Fernanda também resolveu se aventurar como apresentadora no programa Vai, Fernandinha, do canal Multishow.  O programa já está em sua terceira temporada e conta com convidados especiais como Sasha, Pabllo Vittar, Luan Santana, Claudia Raia – dentre outros. Fernanda recebe os amigos para um bate-papo que sempre mistura alegria e emoção.  Apesar de o programa ter o nome da atriz, ela revela que a proposta é mostrar o melhor lado de quem está com ela.

SERVIÇO

‘Meu Passado Não Me Condena’, com Fernanda Sousa

Quando: sábado (14) – 19h30 e 21h30

Onde: Teatro Rio Vermelho (Av. Paranaíba, nº 1576-1864, Setor Central – Goiânia)

Mais informações:  (62) 4141-2270

*Integrante do programa de estágio do jornal O HOJE sob orientação 

da editora Flávia Popov 

Entrevista : Fernanda Souza 

Como é trazer para um espetáculo personagens que marcaram a sua carreira?

Eu apresento histórias que poderiam ser de qualquer pessoa; eu coloquei as minhas, porque ficaria muito indelicado contar histórias de outras pessoas.  Meu Passado Não Me Condena não é uma peça para contar a minha vida, é para mostrar que acontecem muitas coisas que as pessoas nem imaginam na nossa profissão. Na verdade, é uma lente de aumento nos bastidores da carreira artística, como um todo, tanto que todos os meus amigos que já assistiram à peça falaram: ‘Isso já aconteceu comigo’ (risos). 

Quais foram as maiores dificuldades que você teve em relação à estruturação e à interpretação do espetáculo?

A maior dificuldade é lidar com tudo isso, ficar relembrando as histórias.  Nem todas são felizes; há muitos momentos de tristeza e superação, mas ‘ok’; a gente segue em frente. E a parte boa é você vê que as coisas deram certo, que a fé e o fato de eu acreditar muito em Deus me deram suporte. Esse meu relacionamento com Ele é muito direto, me dá base para seguir acreditar e não desistir, ao mesmo tempo para ser grata e entender minha missão.  Enfim… é muito gostoso fazer esse apanhado, sabe? Parece terapia! 

Qual a sua expectativa para a apresentação em Goiânia?

Eu já estive algumas vezes na Capital, então é muito gostoso poder voltar e saber que algumas pessoas vão querer assistir, de novo, porque o espetáculo sempre é diferente né? Nunca é igual! Então poder reencontrá-los é ótimo, e eu ainda terei um evento na cidade, vou poder encontrar, de perto, as pessoas na Quem disse, Berenice?, já que vou fazer o lançamento de um batom. Então a gente tem algumas ações legais previstas, e acho que vai ser muito bom. 

A peça já está em sua turnê de despedida, mas qual a sensação de, mesmo depois de quatro anos, saber que o espetáculo continua a ter sucesso de público (tanto que em Goiânia terá uma sessão extra)?

É uma delícia ver que, cinco anos depois, o ‘boca a boca’ está firme e forte, que as pessoas amam a peça. Eu fico feliz da vida! Estou muito grata a Deus por me proporcionar viver isso. Eu tenho total consciência que isso não é uma realidade normal do teatro. Então, cada vez que eu piso no palco, e tem tanta gente – praticamente 99, 9 % das sessões do Meu Passado foram assim, com casa cheia –, eu só sou capaz de agradecer e entender que foi um presente ‘dEle’, e ficar muito grata por tudo isso que acontece . 

A partir de agora, você pretende escrever um novo trabalho?

Eu não pretendo escrever um novo trabalho, eu não sou escritora (risos), mas eu acho que, daqui a alguns anos, posso retomar a peça – obviamente eu não tenho data, se tivesse eu falaria, porque sou muito verdadeira com o meu público, jamais diria ‘a peça não vai voltar nunca mais e apareceria um ano depois’. Realmente eu não tenho previsão de volta, mas pode ser que aconteça, sim, e vai ser uma delicia voltar a viver essas histórias e contar novas para as pessoas!  

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