Evento vai debater o papel da imprensa ao tratar a LGBTIfobia

Com tema “Jornalismo Livre de Preconceitos”, atividade pretende discutir a responsabilidade da imprensa em torno da diversidade

Postado em: 15-05-2018 às 15h12
Por: Lucas de Godoi
Imagem Ilustrando a Notícia: Evento vai debater o papel da imprensa ao tratar a LGBTIfobia
Com tema “Jornalismo Livre de Preconceitos”, atividade pretende discutir a responsabilidade da imprensa em torno da diversidade

O Centro Acadêmico de Jornalismo da PUC Goiás promove nesta
quinta-feira (17), às 8h, no campus V da universidade, mesa redonda em
comemoração ao Dia Internacional de Enfrentamento a LGBTIFobia (Lésbicas, gays,
bissexuais, travestis e intersexo). Os convidados discutirão o papel e as
responsabilidades da imprensa ao tratar sobre a temática LGBTI.

Na mesa redonda estarão o Superintendente de Políticas
Públicas LGBT da Prefeitura de Goiânia, Victor Hipólito; o jornalista cultural
Clenon Ferreira; o jornalista e pesquisador de gênero e sexualidade Fernando
Matos e a historiadora, mestranda em antropologia pela UFG e ativista social
Yordanna Lara. A professora Carol Goos mediará a conversa.

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O Brasil é um dos países com os maiores índices de violência
contra as pessoas LGBTI. De acordo com dados do Grupo Gay da Bahia (GGB), que
mapeia assassinatos de homossexuais e transgêneros no país há 38 anos, em 2017
morreram 445 pessoas vítimas de preconceito, incluindo suicídios motivados.

Para o presidente do Centro Acadêmico Lucas de Godoi, as
reflexões devem ser feitas também pelos empregadores. “Outra questão que
precisa ser debatida é em relação ao mercado de trabalho. São poucas as
empresas que contam com programa de diversidade, realidade que precisa ser
superada. Sem oportunidades, o que restam a muitas pessoas são trabalhos
sexuais”, argumenta Lucas de Godoi.

Lucas cita estudo da empresa de recrutamento e seleção
Elancers, que ouviu em 2016 dez mil empregadores e indicou que 20% das
companhias se recusam a contratar homossexuais. O levantamento ainda aponta que
7% não contratariam um LGBTI “de modo algum”, enquanto 11% só considerariam a
efetivação caso o funcionário jamais pudesse chegar a um cargo de chefia.
“Esses dados indicam uma dura realidade que é vivenciada diariamente pelas
pessoas LGBTI. É por isso que é tão importante trazer esse debate para o
ambiente acadêmico”, destaca.

De acordo com Yordanna Lara, “diversidade é o sinônimo mais
próximo de humanidade”. Ela defende o diálogo como forma de fortalecer a
igualdade. “É o debate, a desmistificação de ideias que vai nos alinhar e
fortalecer enquanto humanos, principalmente em tempos tão violentos e desumanos
como o que estamos vivenciado no Brasil e no mundo”, acredita.

Serviço

Mesa Redonda Jornalismo Livre de Preconceitos

Quando: 17 de março (quinta-feira), das 8 às 10h

Onde: Campus V da PUC Goiás, Miniauditório 207-B

 

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