Cine Cultura recebe Mostra de Cinema Europeu neste fim de semana

Sessões contam com produções premiadas de mais de dez países

Postado em: 22-05-2018 às 16h00
Por: Guilherme Araújo
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Sessões contam com produções premiadas de mais de dez países

Uma das mais tradicionais salas de cinema da cidade, o Cine Cultura promove entre os dias 26 e 31 de maio a primeira Mostra de Cinema Europeu. Com a democracia como tema central, o evento reúne 17 obras vindas de 11 países da União Europeia, todas ausentes do circuito comercial.

As sessões, que comportam dois filmes por dia, acontecem das 14h30 às 16h30 e tem entrada franca. Confira a programação completa com os títulos e horários:

26/05

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– 14h30: 23 F – O FILME (Espanha) – 100 min

– 16h30: ZEUS (Portugal) – 115 min

27/05

– 14h30: PALME (Suécia) – 103 min

– 16h30: SE NÃO NÓS, QUEM? (Alemanha) – 124 min

28/05

– 14h30: A GAROTA OCIDENTAL (Bélgica) – 98 min

– 16h30: VOX POPULI (Países Baixos) – 100 min

29/05

– 14h30: A MÁFIA MATA SÓ NO VERÃO (Itália) – 90 min

– 16h30: SANGUE NAS AGUAS (Hungria) – 123 min

30/05

– 14h30: O BACKERER IV – PRIMAVERA DE PRAGA (Áustria) – 90 min

– 16h30: VINCENNES, A UNIVERSIDADE PERDIDA (França) – 96 min

31/05

– 14h30: O ATIRADOR (Dinamarca) – 90 min

– 16h30: A HISTÓRIA DA LINHA VERDE (Chipre) – 113 min

Sinopses

23-F: O Filme (Espanha; Indicado ao prêmio de melhor ator coadjuvante no prêmio Goya 2011).

O fracassado golpe de estado de 23 de fevereiro de 1981, que começou com a apreensão do Congresso dos Deputados e terminou com a libertação dos parlamentares, colocou a democracia espanhola em grande risco. Enquanto Tejero e seus homens mantinham os deputados como reféns, o Rei, de seu escritório, tentou conter o exército e organizar as forças civis. No meio, um quadro complexo onde Milans e Armada moviam as cordas. Na parte de trás do palco, a Espanha vivia no rádio e na televisão. “23F” é a história de três golpes: o de Milans, o de Armada e o de Tejero. O golpe falha quando Tejero começa a entender que foi usado.

Zeus (Portugal)

Esta é a história real de Manuel Teixeira Gomes. Um escritor de ótima literatura erótica que é eleito Presidente da República – caso único no mundo. Promove políticas reformistas, apoia os operários, combate a banca. Mas, ao fim de 26 meses diz: basta. Estou farto. Qual é o primeiro barco a sair de Lisboa? Não é daqui a um mês, é já. Zeus? É um cargueiro? Não me importa, hão-de levar-me. Não me interessa para onde vão. Parto sem um papel, nada que me lembre a minha vida de escritor ou de Presidente. E assim, aos 65 anos, muda de vida. Vai para o Norte de África, convive com os nômades do deserto, instala-se na Argélia, aí morre 15 anos depois. A sua vida deu um filme: um hino à vida, à liberdade, à coragem, ao sensualismo e à amizade.

Palme (Suécia)

Em 1986, o Primeiro Ministro da Suécia, Olof Palme, foi baleado abertamente nas ruas de Estocolmo. Naquela noite de fevereiro, a Suécia transformou-se. O filme PALME trata sobre sua vida, tempo e a Suécia que ele criou. É sobre um homem que mudou a história. Durante a sua vida, Palme foi transportado dos enredos da classe alta para tomar o seu lugar entre os democratas socialistas. Olof Palme foi um menino do escalão dos privilegiados que acabou criando a sociedade mais igualitária do mundo.

O habilidoso político dirigido pela sua paixão à justiça social. O orador ardente que achava inspiração nos contos infantis de dormir. O democrata persuasivo que incitou os EUA a convocar o seu embaixador de volta para a Suécia. Admirado e odiado além do paralelo. Nem antes nem depois dele houve políticos parecidos. Com Olof Palme, um país tão pequeno como a Suécia afetou a política internacional de alto nível.  O jovem Olof Palme era brilhante, atraía homens e mulheres. Cheio de entusiasmo, ele viajou o mundo inteiro e criou impressões, também influenciando a história. O mundo estava aos seus pés. Possibilidades. Visões. Vontade de transformar. Esse filme sobre Olof Palme é uma viagem no tempo, em imagens e experiências.

Se não nós, quem? (Alemanha)

No início dos anos 60, em meio à atmosfera da Alemanha Oriental, Bernward Vesper (August Diehl) conhece e se apaixona pela colega de universidade Gudrun Ensslin (Lena Lauzemis). Filhos de pais com papeis importantes no governo Hitler, o casal, ativista político, abre uma pequena editora, causando polêmica logo no primeiro trabalho, quando Bernward dá continuidade a algo começado pelo pai, Will Vesper, autor famoso cuja obra foi usada pelo nazismo. Contrários ao conformismo da sociedade alemã, os jovens unem forças com escritores e demais ativistas, fazendo parte do movimento que tomou proporções globais: “Se não nós, quem, se não agora, quando?”.

A garota ocidental (Bélgica)

Zahira é uma jovem paquistanesa que vive na França. Acostumada ao estilo de vida ocidental, a garota entra em conflito com os costumes familiares quando seus pais apresentam três desconhecidos e exigem que ela escolha um deles como marido. Orientada por seu irmão e confidente Amir, mas indecisa entre seu coração e suas tradições, Zahira deve tomar uma decisão que pode mudar a vida de todos.

Vox Populi (Países baixos; Vencedor do prêmio de melhor ator coadjuvante)

Jos Fransen é um político veterano que enfrenta uma crise de meia-idade. Ele é o líder do partido de esquerda Rood-Groen, mas ultimamente o partido não está indo bem nas pesquisas. Sua filha Zoë começa a namorar com o policial militar Sjef. O pai de Sjef, Nico, é um autêntico vendedor de carros de Amsterdam que odeia políticos. Através dos olhos de Sjef e Nico, Jos está começando a perceber como “as pessoas” enxergam a política. Inspirado por Sjef, Nico e Savo (o cunhado iugoslavo de Sjef), Jos Fransen começa a incluir ideias mais populistas no seu, anteriormente, partido politicamente correto e começa a subir nas pesquisas de opinião. Isso é tudo para aborrecimento de seus colegas elitistas do partido.

A máfia só mata no verão (Itália; Vencedor dos prêmios do Júri no Festival do Cinema Italiano, 2014; Prêmio do público no Festival de Cinema de Turim 2013; Globo de Ouro por Melhor Argumento em 2014; Melhor Filme de Comédia no 27º Prêmio do Cinema Europeu, em 2014)

Ambientado na Sicília contemporânea, o filme é o conto tragicômico da vida de Arturo, que desde jovem cruza o caminho da máfia. Ele é uma criança particularmente sensível às peculiaridades que ocorrem diariamente na sua cidade e sofre o mesmo destino de todos os jovens jornalistas e ativistas que enfrentaram a verdade de frente e que muitas vezes tornam-se vítimas da máfia. A partir da vida pessoal do protagonista e de sua banal historieta de amor, o filme visa mostrar a organização criminosa não apenas como uma entidade marginal da sociedade do sul da Itália, mas como um organismo que infiltra-se em todos os aspectos da vida dos habitantes desta região e na cultura coletiva.

Sangue nas veias (Hungria)

Uma nação cujo sonho de liberdade foi devastado, encontra seu rival em um campo de batalha diferente neste filme inspirado em uma história real. Sangue nas Águas celebra a heroica Revolução Húngara de 1956 que se passa em Budapeste e nos Jogos Olímpicos de Melbourne em outubro e novembro desse ano. Enquanto tanques soviéticos arrasavam seu país a equipe húngara de polo aquático vencia os soviéticos na disputa de polo aquático mais violenta da história.

O Bockerer IV – Primavera de Praga (Países baixos)

O açougueiro Karl Bockerer de Viena, que já foi protagonista em três outros filmes da história da Áustria, vai casar no ano 1968 a sua empregada Anna. ELe é convidado pelo filho adotivo à cidade de Praga, na ex- Republica Tchecoslováquia, para passar a lua de mel. O plano do filho de abrir uma filial do açougue, e a “Primavera de Praga” na época do comunismo causam muitos problemas e confusões para a família Bockerer, e quando as tropas Soviéticas tomam posse do país, a família Bockerer quer voltar com urgência para Viena. Mas primeiro eles têm que tirar o filho da prisão.

 

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