‘Suítes Clássicas’: uma forma de unir o que é histórico

Espetáculo oferece ao público recortes de balés clássicos, coreografias neoclássicas e contemporâneas

Postado em: 19-06-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Espetáculo oferece ao público recortes de balés clássicos, coreografias neoclássicas e contemporâneas

GABRIELLA STARNECK*


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O espetáculo Suítes Clássicas, do Corpo de Baile do Teatro Basileu França, será apresentado, nesta terça-feira (19), no Teatro Sesi. Na abertura do evento, o público poderá acompanhar recortes de balés clássicos e, na sequência, coreografias neoclássicas e contemporâneas vão ocupar o palco. A direção do espetáculo está a cargo de Simone Malta, professora de dança e criadora do Balé do Teatro-Escola Basileu França.

Segundo Simone Malta, a proposta das suítes que serão apresentadas no Sesi é que os presentes possam assistir a um espetáculo em partes, tornando o misto mais atrativo pela sua variedade, além de facilitar a apresentação de produções distintas. A profissional ainda destaca que a união de três recortes distintos do balé “além de despertar sensações, unem o que é histórico ao que nos contempla no cotidiano”.


Importância

Segundo Simone, as suítes realizadas pelo Corpo de Baile do Teatro Basileu França possibilitam que um público diverso tenha acesso a suítes e trechos de balés de repertórios tradicionais, bem como suas variações, a fim de compor espaços para a apresentação cultural em suas formações e apreciações públicas. 

“O balé clássico recorre a uma poética requintada e refinada, cujas técnicas e habilidades impressionam o público por meio de uma história que ‘precisa continuar a fazer parte’ da vida em nossas sociedades, retratar historicamente aspectos e outros comportamentos através da dança colabora com a beleza artística e civilizatória. O neoclássico e o contemporâneo se inteiram a processos técnicos e artísticos advindos do balé clássico, que complementam aspectos artísticos com outras visões de vida ou conflitos contemporâneos”, afirma a professora. 

O curso de balé do Teatro-Escola Basileu França foi criado em 2007 por Simone Malta. Em sua primeira década, a professora coreografou remontagens de diversos balés de repertório e coreografias exclusivas, que possibilitaram a participação do grupo em eventos e festivais dentro e fora do país como representantes do Instituto de Tecnologia em Artes Basileu França – Itego. 

De lá para cá, os alunos do curso e a instituição vêm ganhando notoriedade nacional e mundial por meio da conquista de expressivas premiações. No começo de 2018, a aluna Carolyne Galvão foi a única brasileira que ficou entre as oito melhores bailarinas do mundo no Prix de Lausanne 2018. A jovem ainda está participando do International Ballet Competition, concurso que acontece em Jackson, Mississipi (EUA), de 6 a 24 de junho, juntamente com Marcos Vinícius Silva. 

*Integrante do programa de 

estágio do jornal O HOJE sob orientação da editora Flávia Popov


SERVIÇO

‘Suítes Clássicas’

Quando: terça-feira (19)

Horário: 20h 

Local: Teatro Sesi (Av. João Leite, nº 1..013, Setor Santa Genoveva – Goiânia)

Ingresso: Doação de 2kg de alimentos ou um livro literário

Classificação etária: 10 anos

Entrevista: Simone Malta 

Em sua opinião, o que é necessário para que alunos se tornem bailarinos?

O balé requer uma postura rígida para representar toda a beleza que o envolve. Os bailarinos, em seu desenvolvimento profissional, se ajustam às necessidades – alguns procuram outras atividades –, e o hobby tem período limitado. A formação profissional requer dedicação e afinco. O bailarino constantemente está envolvido em ensaios, aulas e ações que os preparem para o futuro profissional, seja no cotidiano semanal, nos fins de semana ou feriados – o que assusta algumas pessoas. Mas são dedicação e seriedade que vão estruturar o bailarino ao seu futuro profissional.


Quais são os principais desafios que os alunos dessa área enfrentam para se profissionalizar e adentrar ao mercado?

Esforço constante em aulas, cursos e outras formas de aperfeiçoamento, e esse processo demanda dedicação exemplar. Nas sociedades contemporâneas, temos diversos desafios, além de certas dificuldades que fazem parte de nossa cultura, mas os bailarinos se ajustam às diversas dificuldades em seus percursos de formação, sendo homéricas as ascensões. Além disso, formações profissionais em outras áreas – isso também faz parte do processo de formação dos bailarinos. 


De que forma você acredita que o Basileu França tem contribuído para a profissionalização e inserção de estudantes de balé no mercado de trabalho?

Primeiramente, a oportunidade de oferecer gratuidade para o aprendizado. Além disso, outro aspecto importante é que os bailarinos se  apresentam dentro e fora do Estado (e do País), sendo, em um curto espaço de tempo, nossos representantes –  o que torna a própria instituição reconhecida.


Como tem sido esses mais de dez anos do Balé do Teatro-Escola Basileu França?

Tem sido de muito trabalho, esforços, abstinências, muitas vezes sem entretenimentos, mas também de muita satisfação e prazer em compartilhar cotidianamente aprendizado, modos de produção e aperfeiçoamento com professores, coreógrafos, alunos e público. São várias premiações importantes que se estendem a mim, à instituição e a todos os envolvidos. E muito está por vir, pois nossas ações são contínuas. 

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