5 lendas urbanas goianas que vão te deixar de cabelo em pé

Amanhã é comemorado o dia do Folclore no país, veja as cinco histórias goianas tenebrosas que separamos para você. Foto: Pixabay

Postado em: 21-08-2019 às 11h30
Por: Aline Carleto
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Amanhã é comemorado o dia do Folclore no país, veja as cinco histórias goianas tenebrosas que separamos para você. Foto: Pixabay

Ingryd Bastos

O Dia do Folclore é comemorado em 22 de agosto. O termo se originou através de um noelogismo que uniu as palavras inglesas “folk” que significa “povo” e “lore” que significa “conhecimento”, ou seja, a palavra quer dizer crenças e conhecimentos do povo, adquiridas através de experiências e vivências. 

Folclore é a cultura de um povo, o conjunto de crenças, costumes, danças, lendas e tradições culturais de indivíduos de determinado local, nação ou época. O alicerce da cultura brasileira é uma mistura de vários povos do mundo, entre eles, os indígenas, portugueses, africanos que foram trazidos como escravos, além de imigrantes italianos, alemães e japoneses.

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O Dia do Folclore Brasileiro foi definido oficialmente pelo Decreto de Lei nº 56.747, de 17 de agosto de 1965, aprovado pelo Congresso Nacional, a partir de então, o dia 22 de agosto passou a ser celebrado o Folclore no Brasil.

E para celebrar essa data, a equipe do O Hoje separou cinco lendas goianas tenebrosas para você:

O fantasma de Tereza Bicuda (Jaraguá)

Tereza Bicuda era uma moça de lábios grossos que lhe valeram o apelido de bicuda. Morava em Jaraguá, no Larguinho de Santana. Pessoa de maus bofes, tratava a mãe de forma absolutamente cruel: botava a velha para mendigar nas ruas, batia nela, humilhava. Um dia, chegou ao extremo da maldade e, diz o povo, colocou um freio de cavalo na bocada genitora, montou, e nela andou montada à frente de todo o povo. Aquilo foi demais: a pobre mulher morreu mas, antes, excomungou a filha desnaturada.

No meio religioso e de extrema moralidade da antiga Vila de Jaraguá, Tereza Bicuda era uma aberração social. Descrente, nunca visitava a igreja.

Na Serra de Jaraguá existe ainda o local onde dizem que ela foi enterrada, onde hoje há uma cruz de madeira. As pessoas dizem que lá possui um pé de caju assombrado e se você tentar pegar os frutos da árvore será atacado por um enxame de abelhas. Além disso, dizem também que nas noites de lua cheia se você tentar subir na Serra a própria Tereza Bicuda aparecerá pra você e lhe montará como ela fez a sua mãe. 

O Fantasma de Maria Grampinho (Cidade de Goiás)

Embora Maria da Conceição tenha existido e contribuído em grande parte para o folclore e a memória da cidade de Goiás, a an¬darilha amiga de Cora Coralina ocupava um lugar diferente no imaginário das crianças da época. Dizia-se que ela iria pegar e levar as crianças de mau comportamento, colocando-as em sua misteriosa trouxa. Mesmo agora, anos após sua morte, ainda se fala que Maria vai levar as crianças levadas e mais: alguns turistas dizem vê-la brincando com seus grampos e a trouxa dentro da casa de Cora Co¬ralina. Maria, além de provável fantasma local, acabou também virando a versão vilaboense do Homem do Saco.

O Fantasma do Centro Cultural Martim Cererê

Goiânia, assim como toda cidade grande, também é cheia de lendas urbanas. Fala-se até hoje de túneis antiaéreos que ficariam em baixo do Centro da cidade com direito a um bunker contra ataques nucleares e muitas outras coisas. Uma delas é que o Martim Cererê seria assombrado. O Cen¬tro Cultural Martim Cererê abrigava caixas d’água, que depois de desativadas foram usadas para torturar presos durante a Ditadura Militar e nem todos saíram vivas de lá. Funcionários e frequentadores dizem ver constantemente as almas dos torturados vagando pelos teatros em que se tornaram as antigas caixas d’água.

A lenda da Serpente (Formosa-GO)

Assim que o Frei Estêvão foi fazer sua visita a Formosa, um pouco acima da Rua dos Criolos havia sido feita uma praça com uma capela (na época, distante do vilarejo). Só que essa capela foi construída exatamente em cima de um rio subterrâneo muito forte e devastador, pois era o rio que alimentava a Lagoa Feia, e todos esperavam que um dia esse rio levasse todas as casas e terras que existiam em sua extensão. Não bastasse o rio, uma serpente muito grande se criou nesse lugar, chegando a quase uma légua de comprimento.

A capela foi demolida e no lugar dela foi construída uma linda igrejinha que, após a morte do Frei Estêvão recebeu o nome de Igreja de Santo Estêvão. Colocando o ouvido no chão próximo à Sacristia, podia ouvir atentamente o barulho das águas e o balançar da serpente tentando se soltar. Mesmo que a igrejinha foi demolida em 1910, a serpente ainda encontra viva e amarrada, sendo que, se alguém cortar o coqueiro onde ela encontra amarrada, ou mesmo se o fio de cabelo de Nossa Senhora da Conceição se quebrar, ela levantará e arrasará a cidade.

Romãozinho

É como se fosse a versão goiana do Saci Pererê, o Romãozinho, um espírito malvado que aparece sob a forma de uma criança feia e deformada que vem para fazer travessuras e gerar o caos. O menino, filho de um humilde agricultor, mesmo quando era apenas um bebê, já demonstrava sinais de ruindade extrema. Dizem que antes mesmo de aprender a falar, Romãozinho mordia quem colocasse a mão em seu rosto assim como mordia o peito de sua mãe, quando está tinha que o amamentar. Já maior, na infância, sempre gostou de maltratar os animais, destruir plantas e prejudicar as pessoas. Existem diversas versões sobre a história de Romãozinho, em algumas ele teria matado o pai de susto, já em outras, sua mãe teria vivido e amaldiçoado o filho posteriormente a morte do pai. Existe ainda uma versão em que dizem que o menino também vira uma tocha de fogo que fica indo e vindo pelos caminhos desertos. Já outros, dizem que ele seria o próprio Corpo-Seco, nesta versão, a alma do menino seria tão ruim, mas tão ruim, que nem o céu nem o inferno o quiseram, por essa razão ele vaga pelo mundo assustando as pessoas.

 

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