Conheça a trajetória do artista goiano Patto Rocko, que por meio da pop art eterniza personalidades

Patto Rocko é cantor, compositor, escritor e artista plástico de Goiânia e tem telas em todos os cantos do País

Postado em: 28-10-2020 às 18h10
Por: Elysia Cardoso Ferreira
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Patto Rocko é cantor, compositor, escritor e artista plástico de Goiânia e tem telas em todos os cantos do País

Elysia Cardoso

 “A ‘selfie’ está para  a pessoa , assim como o retrato artístico está para a personalidade”, essa é a essência que o artista plástico goiano Patto Rocko busca captar em suas obras. Ele tem ganhado as cenas, ou melhor, as paredes de alguns famosos e políticos nos últimos dias. Nomes como Maguito Vilela a Gusttavo Lima, passando por Gustavo Mendanha, Sandro Mabel e Íris Rezende tiveram seu rosto estampado em uma obra de Patto.

 Olavo Martins Barros, mais conhecido como Patto Rocko, é um cantor, compositor, escritor e artista plástico de Goiânia. Ele canta, toca instrumentos de corda e compõe desde os anos 90. A sua paixão pela arte veio mais tarde, e surgiu de uma forma tímida e despretensiosa. Em 2016, ao realizar uma consulta o médico que o atendeu recomendou  a pintura (como terapia), para aliviar os sintomas de estresse. “Achei meio estranho, pensava que este universo era mais  feminino e desisti da questão”, conta Patto. 

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 “Um belo dia , descendo a Avenida 85, vejo a loja Casa do Artista. Lá é difícil para estacionar, mas excepcionalmente neste dia tinha uma vaga. Ao entrar uma senhorita veio me atender, e  eu disse a ela: ‘Tenho uma amiga que está querendo começar a pintar. Será que você não teria um kit de pincéis, tinta e tela?’”, relembra o artista sobre o seu primeiro e inusitado contato com as ferramentas artísticas. Ao todo ele demorou cerca de 6 meses para finalizar sua primeira tela e completamente cativado pela arte não abandonou a atividade. 

 A principio, Rocko via sua arte apenas como uma prática para conter o estresse. “Não tinha nenhum projeto ou meta.  Na medida que fui fazendo as telas, incorporando um estilo (pop art), é que comecei a pensar sobre mercado e exposição, ou seja, em ser um artista plástico de fato”, diz em entrevista ao O Hoje. Em sua perspectiva ele avalia que o mercado, é bastante aberto aos iniciantes e pede por novidades e qualidade. “Mas enxergo a pintura primeiramente como arte. Mercado é só uma consequência natural do seu trabalho”, explica. 

Peças artísticas na política

 Ao longo dos anos, Patto desenvolveu um modo distinto de brincar e se comunicar por meio da arte. Ele explora com dedicação e cuidado as diversas técnicas de pintura. Isso o ajudou a construir uma linguagem própria e em constante evolução, com outras referências e influenciado por novas culturas, o que o permite pintar de Jesus Cristo, São Francisco, Nossa Senhora Aparecida a São Jorge, por exemplo. Ou simplesmente pintar seu cachorro, Chico. Ou algo abstrato que venha a sua mente e os tão famosos autorretratos.

 Nos encontros e experiências que a vida proporciona, Patto teve a oportunidade de retratar personalidades da política goiana. “A primeira que fiz, foi do Daniel Vilela. Eu tinha uma amiga que tabalhava na equipe e que fazia a campanha de governador para o Daniel em 2018. E   esta equipe, ao final da campanha resolveu presenteá-lo e fiz a tela”. Após a primeira obra, as demais foram surgindo e caindo no gosto do público.  

 “Fiz uma tela para o Vice Governador e a sua mulher Priscila. Também fiz uma tela pro Wilder de Morais e recentemente fiz uma tela muito interessante para Gustavo Mendanha.  Esta tela do Gustavo, retrata o momento que ele foi escolhido pra ser candidato a prefeito, que segundo ele, foi um dos dias mais importantes da sua vida. Conta ele que o Prefeito Irís pediu para ele subir numa mesa e fazer um discurso! O pai do Gustavo se derreteu em lágrimas…. E tudo isto tá lá registrado na tela”, diz Patto sobre o poder emocional de um registro. 

 O artista cita que o interessante dos retratos, é que “cada um  leva  emoção ao retratado. As pessoas se emocionam com o retrato, como se descobrissem naquela hora o ser humano maravilhoso que é”. Junte-se a isto, a intensidade de cores (na qual utiliza muito), e o resultado é uma verdadeira arte de emocionar ao vivo e em cores, a pintura como ela é. 

 Patto também dá dicas sobre habilidades que ele considera ser fundamental para o artista na cena atual. “É ser um  bom observador! A técnica se aprende e se aperfeiçoa com o tempo. Eu tive instrução com a Professora Patrícia Martins. Aprendi um pouco de técnica e  muitas dicas, mas você  estar focado no sentido e objetivo  da tela que está pintando é fundamental”, aconselha. “Também é preciso estar antenado com as questões sociais, políticas do cenário atual. Você  abre um  leque de opções de pinturas nestas áreas”. 

 E é imerso em possibilidades, que o artista revela os seus próximos projetos para um futuro próximo em suas três áreas de atuação. “Meu objetivo é em 2021, fazer uma exposição. Já tenho algumas telas que não disponibilizei para a comercialização, para que eu possa realizar este intuito. Na área da música vou lançar  um EP em breve, estamos finalizando as mixagens de 3 músicas. E estou escrevendo também meu segundo livro, ainda sem previsão de conclusão”, adianta Patto.

 Já dizia Oscar Wilde, “Um retrato pintado com a alma é um retrato, não do modelo mas do artista”. E a pintura que começou como um conselho médico para desestressar retrata a paixão de Patto pela vida, as pessoas e pelas cores. “Uma coisa que acho sempre importante relatar aos artistas principiantes, é: Faça, não desista! O resultado visual pode não ser lá dos melhores nas primeitas telas, mas a satisfação pessoal  é uma coisa pra lá de prazerosa”, finaliza Rocko com uma motivação para aqueles que também retratar a sua verdade para o mundo. (Especial para O Hoje) 

 

 

 

 

 

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