Artista goiano, Siron Franco será tema de documentário que estreia em março

"Siron: tempo sobre tela” é uma produção de André Guerreio Lopes e Rodrigo Campos e vai estar disponível no cinema e plataformas de streaming | Foto: divulgação

Postado em: 16-02-2021 às 11h20
Por: Carlos Nathan Sampaio
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"Siron: tempo sobre tela” é uma produção de André Guerreio Lopes e Rodrigo Campos e vai estar disponível no cinema e plataformas de streaming | Foto: divulgação

Nathan Sampaio

Daqui há pouco mais de um mês, em 25 de março, “Siron: tempo sobre tela”, de André Guerreio Lopes e Rodrigo Campos, estreia simultaneamente nos cinemas e nas plataformas de streaming. A obra é um documentário do artista goiano Siron Franco, que nasceu na cidade de Goiás e, hoje, é um dos profissionais artísticos mais importantes da atualidade.  

Com distribuição da Pandora Filmes, e que estará disponível nas plataformas O Belas Artes A La Carte, Now, Vivo TV, Sky Play e Looke, o filme investiga a arte e a vida de Siron com imagens captadas ao longo de duas décadas, combinadas com filmagens caseiras do próprio artista. o filme investiga a arte e a vida de Siron com imagens captadas ao longo de duas décadas, combinadas com filmagens caseiras do próprio artista. 

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O documentário, segundo os produtores, navega livremente entre os diversos tempos, sem obedecer a uma ordem cronológica. Para construir o filme, os diretores contaram com a montagem de Danilo do Valle. André e Rodrigo sabiam que tinham um grande desafio ao fazer um documentário sobre um artista plástico em atividade e dono de um estilo bem próprio. 

“Não foi uma preocupação nossa que a estética do trabalho de Siron influenciasse o estilo do filme, apesar de termos estado sempre conscientes de que isso se daria em alguma medida, e naturalmente, ao longo de sua feitura”, explica Rodrigo.
Para André, “não se filma Siron impunemente”, e, com o filme, confessa que tentaram “dar forma fílmica, da nossa maneira, à mente criadora de Siron, ao fluxo ininterrupto de pensamentos e ideias, as associações pictóricas, os tempos que se embaralham a cada quadro, o eterno fazer e desfazer de imagens até se chegar à obra final.”
A intenção do filme é tornar os meandros do pensamento, da personalidade e da arte desse grande criador brasileiro disponíveis para o maior número possível de pessoas.

O documentário tem sua gênese em 2000, quando os diretores eram estudantes em Londres, onde o goiano estava produzindo telas inspiradas no bairro Soho. “O projeto inicial era registrar esse processo de criação, a convite da produtora Malu Campos e do Roberto Viana. E foi o que eu e Rodrigo fizemos obsessivamente, filmando cada quadro da primeira à última pincelada, os caminhos e desvios do processo criativo”, explica André, que define o filme como “uma tapeçaria do tempo”.

Ao longo dos anos, os diretores voltaram ao material original, e viram que ali havia um registro único e importante do trabalho de Siron. A ideia foi, além de captar novas imagens no ateliê, em Aparecida de Goiânia, realizar entrevistas com Siron, e o levar a lugares de sua infância registrando esse encontro. “Pouco antes de começarmos a montagem, Siron nos disponibilizou seu acervo de vídeos, material riquíssimo e inédito, cerca de 180 fitas VHS e Super-8 que ele filmou ao longo da vida, trabalhando nos diversos ateliês, fazendo experimentos de videoarte, viajando para a Europa e para o México nos anos 70 etc.”, contou André.

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