Firjan considera queda da taxa Selic esperada; Fiesp acha “pífia”

A Fiesp destacou que o resultado do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro, mostra que a retração econômica se aprofundou no terceiro trimestre

Postado em: 01-12-2016 às 10h55
Por: Renato
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A Fiesp destacou que o resultado do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro, mostra que a retração econômica se aprofundou no terceiro trimestre

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e
a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) comentaram na
noite desta quarta-feira (30) a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom)
de reduzir a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, para 13,75% ao ano.

De acordo com a Fiesp, a redução foi “pífia” e condena o
país à estagnação. “É muita recessão para um corte pífio de Selic. Não há
dúvida de que são necessários cortes mais agressivos da taxa de juros. Ao optar
por cortes de 0,25 pp [ponto percentual], o Banco Central sabota a retomada de
crescimento da economia, condenando-a à estagnação para os próximos anos e
produzindo a ampliação no número de desempregados”, disse em nota assinada pelo
presidente da entidade, Paulo Skaf.

A Fiesp destacou que o resultado do Produto Interno Bruto
(PIB, soma das riquezas produzidas no Brasil) brasileiro,
mostra que a retração econômica se aprofundou no terceiro trimestre. “Trata-se
de uma decisão incompreensível se levarmos em conta os dados mais recentes de
nossa economia. O PIB brasileiro já acumula queda de 7% em relação a 2014”, diz
a nota.

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Firjan

A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro
(Firjan) disse que a decisão do Copom era a única esperada neste momento, em
que as estatísticas reforçaram o quadro de recessão e de queda da inflação. A
entidade também citou os resultados do (PIB), divulgados hoje que indicaram que
a economia brasileira está em recessão há dez trimestres consecutivos e que
acumula queda de 4% em 2016.

A Firjan também citou que a inflação manteve trajetória de
queda e tem projeções tanto do mercado como do próprio Banco Central que
mostram permanência nos limites estabelecidos para 2017, após dois anos acima
de 6,5%. “Neste cenário, uma nova redução da taxa de juros era a única decisão esperada”,
disse a Firjan.

De acordo com a entidade, a continuidade e a intensidade do
movimento de queda da taxa de juros no Brasil, contudo, dependem da
concretização da agenda fiscal. “Por isso, Sistema Firjan considera que o
governo federal deve concentrar esforços no reequilíbrio fiscal dos estados e
na reforma da Previdência tão logo aprove a PEC do Teto dos Gastos Públicos”,
informou a nota da Firjan. 

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