Brasil perde 1,3 milhão de vagas de emprego formal em 2016, aponta Caged

A queda no estoque de emprego em cinco regiões do país foi 22,4% menor que a observada no mesmo período de 2015

Postado em: 21-01-2017 às 12h14
Por: Renato
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A queda no estoque de emprego em cinco regiões do país foi 22,4% menor que a observada no mesmo período de 2015

O país perdeu 462.366 vagas de emprego formal em dezembro de
2016, uma variação negativa de 1,19% em relação ao mês de novembro do mesmo
ano, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged)
divulgados nesta sexta-feira (20) pelo Ministério do Trabalho. No acumulado de
2016, foram eliminados 1.321.994 postos de trabalho no Brasil, diminuindo o
estoque de vagas formais em 3,33%.

Foram registradas 869.439 admissões e 1.331.805
desligamentos no período. O resultado mantém a tendência de mais demissões que
contratações no mercado de trabalho brasileiro. A queda no estoque de emprego
nas cinco regiões foi 22,4% menor que a observada no mesmo período de 2015.

A série histórica do Caged mostra que entre 2002 e 2016
ocorreram resultados negativos no estoque de vagas formais apenas em 2015 e
2016. A maior geração de empregos no período foi em 2010, quando 2.223.597
postos de trabalho foram criados. Os anos seguintes apresentaram resultados
positivos, mas decrescentes.

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De acordo com os dados, os oito setores de atividade
econômica avaliados sofreram queda no nível de emprego. O setor de Serviços
teve a maior redução do estoque de vagas em termos absolutos, com 157,6 mil
postos a menos. O setor Indústria de Transformação perdeu 130,6 mil vagas. A
maior queda percentual foi na Construção Civil, com 82,5 mil postos de trabalho
fechados, o que representa um encolhimento de 3,47% do setor. O segundo maior
recuo foi na Agricultura, com 48,2 mil vagas a menos.

Salários

O Caged informou também que o salário médio de admissão em
2016 caiu 1,09% em relação ao mesmo período do ano anterior, passando de R$
1.389,19, em 2015, para R$ 1.374,12, em 2016. 

O relatório aponta que os salários dos homens caiu mais que
o de mulheres no período. O salário deles caiu em média 2,43% em 2016, enquanto
o delas caiu 0,99%. Com a redução dos salários masculinos, a média de salarial
das mulheres passou a representar 89,24% do que eles recebem.

Foto: (Reprodução) 

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