Expectativa do consumidor em relação a inflação é a menor desde agosto de 2013

Em agosto de 2013, a expectativa de inflação estava em 7%

Postado em: 23-05-2017 às 09h10
Por: Renato
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Em agosto de 2013, a expectativa de inflação estava em 7%

A expectativa mediana dos consumidores brasileiros para a
inflação nos 12 meses seguintes recuou em maio deste ano 0,4 ponto, para 7,1%,
o menor nível desde agosto de 2013. Na comparação com o mesmo período no ano
anterior, o indicador registrou recuo de 3,2 pontos percentuais.

A constatação é da pesquisa Expectativa de Inflação dos
Consumidores, divulgada hoje (23), pelo Instituto Brasileiro de Economia da
Fundação Getulio Vargas (FGV). Em agosto de 2013, a expectativa de inflação
estava em 7%.

O economista da FGV Pedro Costa Ferreira avaliou que a queda
na expectativa de inflação por parte dos consumidores corresponde à “queda
generalizada dos preços, refletida no Indice de Preços ao Consumidor,
medido pelo IBGE [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística]”. Segundo
ele “as pessoas estão, cada vez mais, acreditando no compromisso do Banco
Central em manter a inflação na meta”. Além disso, avalia Ferreira, “a profunda
recessão econômica e o alto desemprego ajudam a direcionar as expectativas de
inflação para níveis inferiores”.

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Migração das expectativas

Mais da metade dos consumidores ouvidos pela pesquisa agora
em maio (50,9%) previram inflação inferior a 6% nos 12 meses seguintes, “dando
continuidade ao movimento de migração das expectativas para valores inferiores
ao limite superior da meta de inflação estabelecida pelo Banco Central para
este ano”, avalia Ferreira.

As respostas prevendo taxas inferiores à meta de 4,5%
reduziu 4 pontos percentuais em relação ao mês anterior, passando a 20,3% do
total. No extremo oposto, o percentual de citações prevendo índices superiores
a 10% recuou 1,3 ponto percentual, para 15,4%, o mesmo nível de março passado.

A pesquisa constatou, ainda, que a expectativa de taxas de
inflação menores recuou em todas as faixas de renda, exceto para as famílias
que recebem entre R$ 4,8 mil e R$ 9,6 mil, cuja previsão ficou relativamente
estável em relação ao mês anterior.

Neste mês, a redução mais forte da expectativa de inflação
ocorreu entre as famílias com renda até R$ 2,1 mil mensais. (Agência Brasil) 

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