Agricultura suspende venda de carne para os EUA

Palmeiras de Goiás está entre as cidades com plantas da Marfrig suspensas. Ao todo, três unidades da empresa estão suspensas por irregularidades na vacinação contra aftosa

Postado em: 26-06-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Palmeiras de Goiás está entre as cidades com plantas da Marfrig suspensas. Ao todo, três unidades da empresa estão suspensas por irregularidades na vacinação contra aftosa

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) suspendeu as exportações de cinco frigoríficos para os Estados Unidos, depois de autoridades sanitárias americanas identificarem irregularidades provocadas pela reação à vacina contra a febre aftosa. Segundo nota do ministério, a proibição continuará em vigor até que sejam adotadas “medidas corretivas”.

De acordo com a pasta, foram suspensas as exportações de três plantas da Marfrig, localizadas em São Gabriel (RS), Promissão (SP) e Paranatinga (MS); uma da JBS, localizada em Campo Grande (MS); e uma da Minerva, em Palmeiras de Goiás (GO).

O ministério informou que recebeu documento do Serviço de Segurança e Inspeção de Alimentos, cuja sigla em inglês é FSIS, agência do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, relatando não conformidades constatadas em reinspeção de produtos dos locais em questão.

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A pasta preventivamente suspendeu a certificação sanitária das plantas citadas “até a adoção de medidas corretivas e trabalha para prestar todos os esclarecimentos e correções no sentido de normalizar a situação”.

“Trabalhamos ainda, para que não haja recusa das mercadorias já embarcadas, até porque não há risco algum à saúde pública. O mecanismo de autossuspensão é acionado como estratégia para facilitar o retorno de forma mais acelerada, após os esclarecimentos”, acrescenta a nota.

A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC) esclareceu que a autossuspensão ocorreu após detecção de reações à vacina contra a febre aftosa, que em alguns casos pode provocar abscessos internos e, portanto, não visíveis. “A iniciativa demonstra a responsabilidade do Brasil no que diz respeito à condução de suas exportações”.

Em comunicado, a ABIEC disse que a produção de carne bovina brasileira segue “os mais altos padrões de vigilância sanitária e de qualidade. As plantas industriais suspensas representam uma fração mínima da produção nacional de proteína animal”.

Outro lado

Procurada, a JBS disse em nota que já encaminhou os esclarecimentos solicitados via ABIEC e ressaltou que “não foram encontrados problemas relativos às instalações da planta ou de qualidade do produto”. 

(Agência Brasil)

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