Exportações brasileiras para os árabes crescem no primeiro semestre do ano

Dados da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira mostram que, no primeiro semestre de 2017, houve crescimento de 15,54% em comparação ao mesmo período de 2016

Postado em: 24-07-2017 às 17h00
Por: Lucas de Godoi
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Dados da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira mostram que, no primeiro semestre de 2017, houve crescimento de 15,54% em comparação ao mesmo período de 2016

As exportações do Brasil para os países apresentaram
crescimento no primeiro semestre de 2017, segundo dados do Ministério da
Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic) compilados pela Câmara de
Comércio Árabe-Brasileira. De janeiro a junho, a receita com vendas de produtos
brasileiros ao mercado árabe somou US$ 6,05 bilhões, um crescimento de 15,54%
em relação ao mesmo período de 2016. Esse valor corresponde a 5,62% das
exportações totais do País no primeiro semestre do ano.

Os três principais compradores de produtos brasileiros no
mundo árabe seguiram a mesma tendência de crescimento. A Arábia Saudita, com
aumento de 10,98% em exportações do Brasil, atingiu US$ 1,37 bilhão; em
seguida, os Emirados Árabes Unidos, com US$ 1,08 bilhão, cresceram 19,42% e a
Argélia que, com US$ 684,70 milhões, teve crescimento de 26,44%.

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Já o Egito, 4º destino das exportações brasileiras para os
árabes apresentou uma queda de 25,23% em relação ao primeiro semestre de 2016.
“A grave situação econômica do Egito é a principal explicação para a queda nas
exportações. Desde o início vínhamos observando essa tendência que agora se
consolida”, explica o diretor-geral da Câmara Árabe, Michel Alaby.

No período, mais uma vez açúcar e as carnes e minérios
ficaram no topo das exportações do Brasil para os países árabes. Juntos, os
três itens somam US$ 4,48 bilhões, ou 74% dos US$ 6,05 bilhões exportados entre
janeiro a junho deste ano para os árabes. “Ainda que tenhamos observado uma
pequena queda nas exportações de carnes (2,73%), em função da operação carne
fraca e diminuição das compras pelo Egito, este ainda é um item de extrema
importância na balança entre o Brasil e os países da Liga Árabe, totalizando,
apenas neste primeiro semestre, US$ 1,77 bilhão, atrás apenas do açúcar, com
US$ 2,13 bilhões no período”, analisa Alaby. Os minérios cresceram 132,57% no
período, somando US$ 564,52.

“O primeiro semestre deste ano foi um período de muito
trabalho para a Câmara Árabe, que trabalho intensamente para ajudar a minimizar
o quanto possível o impacto nas exportações brasileiras de carnes para os países
árabes”, comenta o presidente da Câmara Árabe, Rubens Hannun. Ele conta que
várias missões foram realizadas e, “juntamente com o Ministério da Agricultura
e entidades do setor foi possível reverter situações negativas, o que está
refletido na queda, considerada pequena diante dos problemas enfrentados este
ano”, explica Hannun.

Os sauditas fizeram compras de US$ 1,37 bilhão em produtos
brasileiros, os Emirados Árabes Unidos de US$ 1,08 bilhão, a Argélia de US$
684,70 milhões, Egito de US$ 652,75 milhões, Omã de US$ 376,21 milhões e o
Marrocos de US$ 313,33 milhões.

Importações

As importações de produtos do mundo árabe para o Brasil
também avançaram no primeiro semestre deste ano, em 26,94%. Os gastos passaram
de US$ 2,66 bilhões em 2016 para US$ 3,38 bilhões este ano. Os maiores
fornecedores árabes do Brasil foram, por ordem, Argélia, Arábia Saudita,
Marrocos, Catar e Kuwait. Quase que a totalidade da pauta foi composta por
petróleo e derivados e por fertilizantes. 

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