Goiânia é a segunda capital com menos endividados no Centro-Oeste

Levantamento, encomendado pela Fecomércio de São Paulo, faz parte de 7ª radiografia do endividamento das famílias brasileiras

Postado em: 03-10-2017 às 16h00
Por: Guilherme Araújo
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Levantamento, encomendado pela Fecomércio de São Paulo, faz parte de 7ª radiografia do endividamento das famílias brasileiras

Os tempos são de crise e de fato, não está fácil para ninguém, mas ao
que tudo indica, o goiano tem lidado bem com as dívidas. Segundo um estudo da
FecomercioSP, Goiás tem vivido um cenário desproporcional ao resto do país.
Goiânia aparece com o segundo menor índice de endividamento do país, com apenas
27% da população. No Centro-Oeste, aparece no topo da lista.

A análise foi feita com base em informações do Banco Central do Brasil,
do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Confederação
Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Avaliando aspectos como
dimensões e efeitos sobre as famílias aderentes a políticas de crédito no país
entre os anos de 2014 e 2016, período instável na política e na economia
nacional.

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Para todo o Brasil, a média de pessoas endividadas foi de 57%. A
situação em outras capitais da Região no entanto se mostrou discrepante. Em
Cuiabá, por exemplo, a proporção de famílias afogadas em dívidas foi de 70%.
Campo Grande aparece logo em Seguida, com 59%. Já em Brasília, 78% das famílias
tinham dívidas a quitar.

O comprometimento da renda dos brasilienses, por sua vez, atingiu a casa
dos 36%, contabilizando a maior parcela da região e a quinta maior do Brasil,
ficando 6 pontos acima da média nacional (30%). Goiás registrou por sua vez 32%.
De acordo com a Federação, patamares em torno de 30% são considerados adequados
para não sinalizar risco de elevação da taxa de inadimplência.

Os dados, segundo a FecomercioSP, comprovam que a junção da crise
econômica e o aumento da incerteza, tal qual uma maior seletividade do sistema
financeiro e de altas taxas de juro tornaram as famílias mais conscintes a
reduzir o requerimento de crédito. O reflexo se viu diretamente na redução das
vendas do comércio carejista, considerada a pior de todos os tempos.

No que diz respeito ao chamado “valor médio de dívida”, o maior entre as
27 capitais ficou com o DF, registrando R$ 2.598, quantia bastante acima da
média nacional que em 2016 foi de R$ 1.777.Goiânia registrou o segundo menor
valor, com R$ 1.556. O levantamento ainda explicitou a porcentagem da população
com contas atrasadas, contabilizando 16%, números inferiores à média nacional e
muito atrás das campeãs da região Cuiabá (36%) e Campo Grande (35%).

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