PIB deve encerrar o ano com crescimento de 0,7%, diz CNI

A indústria crescerá 0,8%, o primeiro resultado positivo desde 2013. A estimativa anterior era 0,5% de expansão para este ano

Postado em: 10-10-2017 às 14h50
Por: Márcio Souza
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A indústria crescerá 0,8%, o primeiro resultado positivo desde 2013. A estimativa anterior era 0,5% de expansão para este ano

Com a recessão tecnicamente
superada, após dois trimestres seguidos de crescimento, a economia brasileira
apresenta sinais mais consistentes de recuperação, disse hoje (10), em
Brasília, a Confederação Nacional da Indústria (CNI), no Informe Conjuntural,
divulgado na internet.

Assim, impulsionado pela alta no
consumo e pela forte queda na inflação, a expectativa da CNI é que Produto
Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país,
encerrará 2017 com crescimento de 0,7%. A previsão anterior, divulgada em
junho, era de crescimento de 0,3%.

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A indústria crescerá 0,8%, o
primeiro resultado positivo desde 2013. A estimativa anterior era 0,5% de
expansão para este ano.

“As estimativas foram revisadas
para cima, diante do conjunto mais robusto de dados positivos na economia e de
avanços na agenda de reformas – como a atualização das leis do trabalho e o
anúncio de nova rodada de privatizações e concessões”, disse a CNI, em nota.

Além disso, a forte queda na taxa
de inflação amplia a renda disponível e ajuda a recuperar o consumo, efeito já
sentido no comércio, afirmou a CNI. “Na indústria, a gradual recuperação do
consumo das famílias criará condições para o aumento da produção de forma mais
disseminada”, explicou o relatório.

No entanto, a expansão da
atividade econômica ainda não será sentida por toda indústria. A alta de 0,8%
no PIB industrial será liderada pelo crescimento de 7,2% na indústria extrativa
e de 1,4% na indústria de transformação. A indústria de construção, por sua
vez, deve cair 2,3% em 2017.

A CNI avalia ainda que, apesar de
a crise ter ficado para trás, ainda permanecem dúvidas quanto a intensidade
e  duração da retomada do crescimento.
Para a confederação, a principal fonte de incertezas permanece com a questão
fiscal e a agenda de reequilíbrio das contas públicas.

“O processo de ajuste fiscal caminha em ritmo
lento. A revisão recente das metas fiscais para este ano e o próximo é um sinal
de alerta”, aponta o Informe Conjuntural. “A reforma da Previdência, principal
item da agenda fiscal, é essencial e urgente”, acrescenta. 

Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução/Agência Brasil 

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